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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, anunciou nesta quinta-feira,13, mais cortes no orçamento do país para o ano de 2012.


LISBOA, PORTUGAL (AgênciaFM) - Novas medidas tomadas incluem o fim do 13º e do 14º salário dos funcionários públicos e dos aposentados portugueses que recebem mais de mil euros, além do aumento de meia hora na jornada de trabalho sem compensação salarial. As medidas também deverão afetar cidadãos que pagam o maior imposto de renda, já que eles vão perder o direito de descontar despesas de saúde e educação. O governo divulgou ainda uma lista de produtos que terá maiores impostos.
"Vivemos num momento de emergência. Quando tomei posse, em meados deste ano, cerca de 70% do deficit para o final do ano já fora esgotado. Em consequência, o ajuste tem que ser mais profundo. Temos agora que fazer mais, muito mais, do que estava inicialmente estabelecido", disse Coelho.

Fatores negativos

Segundo o primeiro-ministro, as medidas evitarão que o país fique sem condições de manter o programa de resgate do Fundo Monetário Internacional, da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu."Se nos víssemos privados da assistência externa, teríamos de enfrentar imediatamente uma situação em que estaria em jogo o pagamento de salários e a importação de bens essenciais. Teríamos uma demissão indiscriminada de funcionários públicos", explicou. Além disso, o governo português encontrou desvios na execução do orçamento de 2011 superiores a 3 bilhões de euros.
Menos feriados mais trabalho

O premiê disse ainda que as medidas destinam-se a manter os empregos e aumentar a produtividade. O governo planeja também uma diminuição do número de feriados no país, que será negociada com a Igreja católica. Pedro Coelho afirmou que o corte do 13º e do 14º salários será apenas nos dois próximos anos e para quem ganha mais de mil euros. Quem recebe menos ficará sem um dos dois salários.

O Partido Socialista português, disse que espera ver primeiro o conjunto do orçamento antes de fazer comentários.(Luiz Mendes - Especial AgênciaFM).

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