Hévelin Gonçalves e Rui Xavier |
SESC Consolação apresenta, "Cão" com o Núcleo 1408 – Companhia de Teatro Invenção
Espetáculo tragicômico discute situação da mulher contemporânea, a influência do dinheiro nas suas relações amorosas e o machismo Ele é um cão, e acredita nisso. “Ele”, na frase, é o personagem do espetáculo Cão, texto de Rui Xavier, com o Núcleo 1408 – Companhia de Teatro Invenção, que estreia dia 8 de setembro de 2011, no SESC Consolação. O “cão” (Rui Xavier) divide a cena com sua esposa (Hévelin Gonçalves), publicitária bem sucedida, que se vê numa situação absurda: seu marido, em determinado momento, como agravamento de uma depressão, passou a se comportar como um cachorro, sem falas, mas que impõe sua existência ao lado da mulher.
O espetáculo gira em torno da questão: o que fazer com o marido “cão”, afetado pela Licantropia Clínica? Essa doença rara, pesquisada pelo médico suiço Christian Scharfetter, no Burghölzli Psychiatric University Hospital, em Zurique, é detectada principalmente em casos de transtornos afetivos e esquizofrenia. A protagonista esconde seu marido de todos, temendo que o bizarro do caso afete a sua imagem de empresária bem sucedida. Mas em determinado momento, a situação chega ao limite. Nessa hora, ela convida a plateia para ouvir sua história e testemunhar/aprovar sua solução.
Na sua linguagem teatral moderna e intimista, a peça convida o espectador a refletir sobre temas urgentes na sociedade atual – não apenas o sucesso da mulher na sociedade de trabalho, mas o trabalho e o dinheiro sobre os seres humanos – ao mesmo tempo em que o surpreende e diverte com a história inusitada e surreal.
A Montagem
Para dar conta da proposta de imitar o animal de forma convincente, parte do processo de criação de Rui Xavier consistiu em frequentar, em um pet shop, aulas de agility (modalidade em que cães percorrem uma pista de obstáculos) orientadas por um treinador e ao lado de cães de verdade. Em contraponto ao realismo da interpretação do casal de atores, o cenário é minimalista, dominado por um único objeto: inspirado nos importantes quadrados coloridos do abstracionismo na pintura (principalmente os trabalhos monocromáticos de Yves Klein e Kasimir Malevich), no fundo da cena há uma parede, feita de tecido translúcido e iluminada por trás. As cores mudam com os efeitos obtidos pela gravação, edição e projeção de nanquim na água.
Núcleo 1408
O espetáculo Cão tem criação e direção dos atores Hévelin Gonçalves, Rui Xavier e Samya Enes (como olhar externo), todos integrantes do Núcleo 1408 – Companhia de Teatro Invenção (que há seis anos atua no circuito teatral paulistano). Este espetáculo é a primeira experiência da companhia com a direção inteiramente coletiva. O texto “Cão” foi escrito em 2010 por Rui Xavier (ganhador do Prêmio Estímulo a Novas Dramaturgias 2008 – Secretaria de Estado de Cultura de São Paulo, pelo texto “A Pobre Família Marx”) .
A companhia estreou em 2005, com a montagem de “Os Assassinos de Inês de Castro”, no ano seguinte, “Paranalapacapauê ou A Cumédia do Cumeço”, texto e direção de Rui Xavier, em uma parceria com a Trupe Pau à Pique. Em 2007, o grupo realizou a pesquisa teatral do romance “Anti Justine ou as Delícias do Amor”, de Restif de la Bretonne, que resultou em duas montagens homônimas. Em 2009, a investigação de textos clássicos da dramaturgia, resultou na montagem do espetáculo “Calígula”, de Albert Camus e em um estudo do texto “Os Sequestrados de Altona”, de Jean Paul Sartre. Em 2010, o grupo realizou leitura pública do texto “A Pobre Família Marx”, de Rui Xavier, no Projeto Letras Em Cena, no Masp.
O Núcleo 1408 tem como característica se responsabilizar pela criação e confecção de todos os elementos estéticos dos projetos (cenário, adereços, figurino, design gráfico). Seu trabalho também é marcado pelo encontro e mescla das linguagens do teatro, da dança e do audiovisual.
Ficha Técnica
Criação: Samya Enes, Hévelin Gonçalves e Rui Xavier
Elenco: Hévelin Gonçalves e Rui Xavier
Olhar Externo: Samya Enes
Texto: Rui Xavier Figurinos: Hévelin Gonçalves
Iluminação: Alexandre Lavorini Cenário: Rui Xavier
Imagens do audiovisual da peça: Samya Enes e Rui Xavier
Imagens do material promocional (vídeo e fotos): Raphael Enes
Edição de som, vídeo e programação visual: Rui Xavier
Trilha Sonora: L'Apprenti Sorcier, de Paul Dukas (1897)
Serviço
Estreia: Dia 8 de setembro de 2011, quinta, às 21h.
SESC Consolação - Espaço Beta – 3º andar
Rua Dr. Vila Nova, 245, Vila Buarque, São Paulo, SP
Tel: 011 3234-3000
Duração: 80 minutosTemporada:
De 8 a 30 de setembro, quinta e sexta, às 21h
Recomendação etária: 14 anosLotação: 45 lugares
Preços: R$ 10,00 (inteira); R$ 5,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 2,50 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).
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