O
sambista e pintor carioca Heitor dos Prazeres foi um dos servidores
ilustres do Ministério da Educação e Cultura (MEC), entre os anos
30 e 50. Foi o poeta Carlos Drummond de Andrade, outro ex-funcionário
célebre da pasta, quem trouxe o artista popular para o órgão
público.
Foto: Arquivo família |
No
Palácio Gustavo Capanema, sede da Representação Regional do
Ministério da Cultura (MinC), no Rio, há uma placa mencionando o
fato de Heitor ter trabalhado no prédio. Na terça-feira (4),
completam-se 50 anos da morte do cantor, compositor e instrumentista
que tantas canções imortalizou. Vale lembrar que, em 2016, se
comemora o Centenário do Samba, em referência à histórica
gravação Pelo Telefone, de Donga, a primeira do gênero, realizada
em 1916.
Heitor
nasceu no dia 23 de setembro de 1898, na cidade do Rio de Janeiro, na
rua Presidente Barroso, na Praça Onze. Seu pai, Eduardo Alexandre
dos Prazeres, trabalhava como marceneiro e clarinetista da Guarda
Nacional. Já a mãe, Celestina Gonçalves Martins, era costureira.
As
mais de 200 composições do autor carioca trataram de diversos
temas, como desilusões amorosas, a vida agitada do carioca e a
religiosidade dos terreiros, presente em sua vida desde os primórdios
e uma influência decisiva. Nesse leque, estão Vou te Abandonar,
Carioca Boêmio, Nada de Rock Rock (manifesto contra a chegada do
rock'n'roll ao Brasil, na segunda metade dos anos 50), Quem é Filho
de Umbanda, Canção do Jornaleiro, Mamãe Oxum, Vem de Aruanda e Tá
Rezando.
Em
1931, o artista se casou com Glória, com quem teve três filhas.
Infelizmente, o relacionamento durou pouco e terminou com a morte da
esposa, em 1936. Para lutar contra a tristeza, descobriu a pintura e,
um ano após o acontecimento, já começou a expor seu trabalho, que
ganhou repercussão no país e até internacional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário