“Amor e Amizade” sublinha traz cinismo cômico de Jane Austen
“Lady Susan”, romance póstumo de Jane Austen, de 1871, adaptado pelo cineasta norte-americano Whit Stillman ele tem algumas vantagens, entre as quais do tempo e da sua origem.
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Kate Beckinsale - “Lady Susan” |
“Amor e Amizade” fizeram aflorar o cinismo presente na obra da escritora – muitas vezes ignorado –, e o fato de o diretor ser americano aguça essa leitura da aristocracia pré-industrial inglesa.
A viúva Lady Susan Vernon, papel vivido por Kate Beckinsale, torna-se muito malvista em uma sociedade reprimida e rígida quando é acusada de manter um caso com Lord Manwaring (Lochlann O'Mearáin), casado. O escândalo traz consequências traz consequências para ambos. Sem dinheiro ou residencia, a protagonista vive de favores sustentados por certa falsidade – não apenas vinda dela.
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Chloë Sevigny e Kate Beckinsale |
Com uma filha adolescente, Frederica (Morfydd Clark), estudando no colégio interno, que Lady Susan, muito em breve, jamais poderá pagar. Para assegurar a escola da filha, a mulher pretende casar-se com Sir James Martin , personagem de Tom Bennett, um grande proprietário de terras. Enquanto isso, quando se vê sem um teto, Lady Susan abriga-se na casa do cunhado Charles Vernon (Justin Edwards).
Assim como os romances de Jane Austen, é um filme sobre o dinheiro. Mesmo sendo este jamais explicitamente. Em miúdos, “Amor e Amizade” é um filme cínico do que qualquer outra coisa, ao mostrar os jogos de poder e interesse, nos quais o amor tem pouco a ver.
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