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sexta-feira, 22 de abril de 2016

Recomendado: Charlize Theron “O Caçador e a Rainha do Gelo”

“O Caçador e a Rainha do Gelo”, tipo uma sequência de “Branca de Neve e o Caçador” de 2012. O filme traz ótimos nomes no elenco, destaque para Theron, e as vezes, um pouco de frustração ao ver que, apesar de bom entretenimento,   “O Caçador e a Rainha do Gelo” sabota suas boas ideias e as do anterior.

Um ostensivo narrador – que, curiosamente, é Liam Neeson – explica ao público que se trata de uma nova história não contada sobre o conto de fadas dos irmãos Grimm, e que o passado do Caçador viúvo, visto anteriormente, virá à tona. Antes, há uma regressão na história de Ravenna (Charlize Theron), para apresentar sua irmã Freya (Emily Blunt), até então desconhecida. Enquanto a primeira já demonstrava sua habilidade para “viúva negra”, a outra se apaixona por um nobre já comprometido, que, depois, veio a matar sua filha, ainda bebê.

A traição desperta em Freya seus poderes, antes escondidos, e a transformam na Rainha do Gelo do título, cuja lembrança da Elsa de “Frozen”, inspirada em outra monarca da neve de Hans Christian Andersen, vem logo à mente, mesmo em uma versão mais amargurada.
Seu rancor projeta-se em sua ambição de formar um exército sanguinário, para o qual retira várias crianças de suas famílias a fim de treiná-los com este propósito. Entre os jovens “caçadores” estão Eric (Conrad Khan) e Sara (Niamh Walter), que, quando crescem como Chris Hemsworth e Jessica Chastain, contrariam a lei antiamor de sua soberana ao se apaixonarem.
É curioso como depois deste segundo capítulo, um novo olhar para o antecessor o torna mais envolvente, por sua história central e um tom sombrio mais definidos, mesmo com falhas.
A principal falha do roteiro é a sua estrutura em três atos bem diferentes entre si, que fragilmente se conectam por não desenvolverem bem nem seu protagonista nem importantes coadjuvantes. A primeira parte dedicada ao passado, por exemplo, investe um grande potencial em Freya, por causa de seus traumas que a tornam uma pessoa fria, no sentido metafórico, mas ainda frágil, para logo abandoná-la. Daí, vem um segundo ato em busca do espelho perdido, com uma comicidade não vista antes, e um desfecho repleto de efeitos especiais para o confronto final.(Francisco Martins\Br.reuters). 

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