Glórya Ryos lança em CD seu disco mais elogiado pela crítica e aprovado pelo público.
O LP foi lançado pela extinta gravadora Continental aproximadamente quatro décadas, e apesar do título "Glórya Ryos", ficou conhecido como o disco do pote de pimentas - porque a cantora brota exuberante de dentro de um pote com pimentas -, direto para o coração dos brasileiros.
O repertório é digno de Glórya, de glorificação. Suas interpretação para compositores do porte de André Filho (Bambolêo), Alberto Ribeiro (Cachorro Vira Lata), Assis Valente (Uva de Caminhão), Jararaca & Ratinho (Pinicadinho),Tic Tic Tac do meu coração (Valfrido Silva e Alcyr Pires Vermelho), Jura (Sinhô) e Sarambá (J. Thomaz e Duque) soam definitivas. Ou seja, aconselha-se quem pretender regravar tais obras musicais, que ouçam primeiramente as interpretações de Glórya Ryos para estes clássicos.
Nas 12 faixas deste maravilhoso e enigmático trabalho desta 'piaulistana' - mistura de piauiense com paulistana -, tem também composições de Anastácia e Vicente Barreto ( Iô Iô), Coração Machucado (Gereba e Tuzé Abreu) e Chave de Ouro, de Jorge Mello; este último assina direção musical. É um disco para se colocar no repeat e curtir à vontade. É um disco enigmático porque a cantora já lançou, um total de 11 obras entre LP's e CD's. Mas, sempre que se faz referência ao seu nome no meio musical, logo surge à mente suas interpretações aliadas à capa do LP, pote com pimentas (foto de C. Copelli).
No ano passado Glórya Ryos lançou o 11o CD "Pra que brigar', com repertório enxuto, transitando muito bem em vários gêneros entre os quais uma faixa em rítmo Calimba (El Renguito, de Belmiro Barrela) e o quase rap " Esticazoi" de Durval Souto e "Te pego" um frevo de autoria de Glórya Ryos e sua mãe Teresinha J. Sousa. O disco foi bem aceito nas rádios paulistas. Entretanto, como o fã sempre tem razão, agora pode ouvir a maior obra-prima da cantora na forma digitalizada. (Francisco Martins).
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