Esclarecida morte do cantor Víctor Jara na ditadura chilena, acusados são detidos
SANTIAGO, CHILE - A justiça chilena prendeu nesta quarta-feira,2, um dos dois acusados de ser autor do homicídio do popular cantor Víctor Jara, mas outros três cúmplices do ocorrido há quatro décadas durante a ditadura de Augusto Pinochet se entregaram.
Durante um longo julgamento, as investigações determinaram que os então tenentes Hugo Sánchez Marmonti e Pedro Barrientos Núñez foram os autores das 44 balas que o trovador e cantor chileno recebeu, devido ser simpatizante do governo de Salvador Allende.
Victor Jara é autor de canções bem conhecidas exemplo "Te Recuerdo Amanda" e "El Derecho a Vivir en Paz", foi detido junto com professores e alunos da Universidade Técnica do Estado depois do golpe de Estado de 1973. Depois foi levado ao Estádio Chile, onde permaneceu detido por vários dias.
Segundo testemunhas de presos no estádio, Jara foi torturado e quebraram suas mãos com a coronha de uma arma para finalmente matá-lo a tiros em 16 de setembro de 1973. Seu corpo foi encontrado três dias depois, perto de um cemitério. Também se entregaram na quarta-feira os militares Edwin Dimpter, Nelson Hasse Mazzei e Jorge Smith Gumucio, três dos seis identificados como cúmplices no assassinato do cantor.
Durante o regime de Augusto Pinochet desapareceram ou morreram cerca de 3.000 pessoas.

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