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domingo, 6 de novembro de 2011

Vai um licor de ossos de cadáver?

Eram duas caveiras que se amavam!
Tráfico de esqueletos para fabricar bebida milagrosa é prática comum no Congo e faz de Point-Noire uma atração turística além vida.



POINT-NOIRE (AgênciaFM) - A República do Congo é a capital financeira e cultural do país, e a cidade de Point-Noire, passa por uma estranha paranóia a prática do tráfico de esqueletos humanos, cujo preço pode chegar a mais de US$ 40 mil.


Um negócio rentável e ilícito levou centenas de famílias a abrirem mão de seus rituais funerários tradicionais para vendê-los. Munidos de ácido nítrico usado nos corpos para acelerar a decomposição da carne, as famílias se valem de uma brecha na tradição pois a prática é antiga e a crença de que os ossos, ao entrarem em contato com certas substâncias, produzem bebidas milagrosas, garantindo assim, uma vida bem-sucedida.

Os efeitos parecem sedutores e motivaram cada vez mais o surgimento de redes criminosas em todo o país que e atraem de comerciantes a políticos. A Justiça e as Forças de Segurança locais encontram enormes dificuldades para combater essa prática criminosa. O episódio mais recente aconteceu no final de agosto, onde vários agentes da polícia prenderam duas pessoas envolvidas na venda do corpo de um homem de 26 anos cujo tio não podia realizar um enterro digno, isso levou a oferecer o seu corpo.

Um morto pode valer entre US$ 31 mil e 42 mil. Por este motivo, existe em Point-Noire uma rede criminosa que exuma e rouba corpos dos cemitérios locais logo após os enterros. Em setembro passado,  a imprensa local voltou a publicar notícias sobre a prisão de vários criminosos que traficavam esqueletos.

O presidente da ONG Junta para a Paz e os Direitos Humanos, Point-Noire, acredita que as autoridades não levam a sério esses fatos e as critica por sua falta de empenho em frear esse fenômeno. (David Sanchez - Especial AgênciaFM)

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