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domingo, 27 de novembro de 2011

"Nova classe média " esbanjando grana, diz ministro

"Nova classe média é responsável por colocar no mercado brasileiro R$ 1,1 trilhão"
Moreira Franco

Em entrevista ao programa Bom Dia Ministro desta quinta-feira (24), o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Moreira Franco, falou sobre a formulação de políticas públicas para a primeira infância e sobre a nova classe média, um contingente de 97 milhões, cerca de 52% da população. Leia abaixo trechos da entrevista, editada pelo Em Questão.

Nova classe média

A nova classe média é responsável por colocar no mercado brasileiro R$ 1,1 trilhão. Não podemos deixar que retorne à pobreza. Precisamos que se torne permanente, continue com a mobilidade que teve nos últimos anos, para garantir o Brasil como a quinta economia do mundo. Qualquer país desenvolvido precisa de uma classe média sólida. No Brasil, a classe média tem uma renda familiar de R$ 1,2 mil a R$ 4 mil. E para você garantir a mobilidade é preciso uma economia pujante, que gere renda, emprego e atividade comercial.

Pagamento de juros
A percepção que a nova classe média tem do volume de juros que paga é totalmente equivocada. Porque paga R$ 100 bilhões, mas declara ao IBGE que paga três. Ou seja, acha que paga três. Todos temos que fazer um esforço no sentido de que o sistema financeiro, juntamente com o comércio, trabalhe de maneira mais transparente para que o cidadão saiba quanto custa aquele produto, quanto está pagando de juros e de imposto.

Endividamento

A percentagem de endividamento no Brasil, em relação ao padrão internacional, ainda é muito baixa. O Banco Central vem acompanhando com muito rigor e o próprio sistema bancário brasileiro. O crescimento não é porque as mesmas pessoas estão tomando empréstimos e aumentando o endividamento, mas porque mais pessoas estão se endividando.

Mulheres

A nova classe média abriu, definitivamente, o espaço de comando da família e, consequentemente, da sociedade, à mulher. O papel, o crescimento e a presença da mulher da nova classe média no mercado de trabalho, a sua liderança no processo de poupança, de compra e na família. Ela se afirma, e isso é atestado por pesquisas.

Desenvolvimento

Quando se está num ambiente de pobreza, as políticas sociais são baseadas no direito negativo. Você tem políticas sociais dizendo não à mortalidade infantil, à violência contra a mulher, à morte de doenças graves, à fome. Quando você passa da etapa econômico-social de luta pela sobrevivência, que é o nosso caso, começamos a caminhar para as políticas que os países desenvolvidos têm baseadas em direito positivo. Não é só colocar todas as nossas crianças e adolescentes na escola, mas é preciso que a qualidade do ensino dado seja capaz de atender a esta reivindicação.

Primeira Infância

Estamos, na SAE, formulando algumas políticas. A política para a primeira infância que vai ajudar a nova classe média a educar os seus filhos. São 11 milhões de brasileiros, na faixa que vai de 0 ano a 3 anos e 11 meses. Temos comprovado, tecnicamente, que todo o conhecimento, de melhoria como ser humano nessa faixa etária, não só tem um reflexo muito grande, como também é permanente. E não é só do ponto de vista cognitivo, da inteligência, mas, sobretudo, da sociabilidade.

Gestantes
Temos uma série de políticas que atendem à criança, à mãe e à gestante e precisamos unir essas políticas para que as mães tenham uma única porta de entrada. Ali, as crianças são avaliadas e encaminhadas para os programas, de acordo com a necessidade, para que possamos acompanhar. A presença do agente público no acompanhamento, na casa da mãe, assistindo, orientando, para garantir a todos o mesmo acesso a esses impulsos, a esse apoio de qualificação e formação pessoal.

2 comentários:

Anônimo disse...

Como pode esbanjar dinheiro se eles roubam todo. Lamentável.

Duda Brito

Anônimo disse...

Só se for para inglês ver esta graná, brasileiro não tá com tanta bola assim como falam.

Ayrton Moreira, sepetiba -rj