Advogado de Murdoch acusou a maior rede pública de televisão a BBC, de interesse em caso de grampos
Segundo um dos advogados do News Group Newspapers de Rupert Murdoch acusou no início deste ano a British Broadcasting Corporation, BBC, de buscar uma investigação sobre o suposto escândalo de grampos telefônicos e de computadores para "minar" a oferta de Murdoch, assim adquirir a propriedade plena da emissora por satélite BSkyB.
Julian Pike, do escritório de advocacia de Londres Farrer & Co -- que também representa a rainha Elizabeth --, enviou uma série de cartas em março passado à BBC expressando preocupações do braço britânico da News Corporation de Murdoch de que a BBC poderia estar transgredido o seu compromisso com a imparcialidade por fins comerciais ou por razões políticas. A BBC negou que este era o caso.
As cartas, cujo conteúdo integral não foi previamente relatado, foram enviadas em resposta a pedidos de jornalistas do programa Panorama da BBC para o News Group pedindo comentarários a respeito do alegado esquema de grampos telefônicos e de computadores por parte de jornalistas do tabloide dominical News of the World. Murdoch fechou o jornal em julho passado em meio a uma tempestade de acusações sobre falhas éticas e legais cometidas por seus funcionários. O programa Panorama, intitulado "Hacks Tabloid Exposed" (Grampos de Tabloide Expostos), teve como foco o suposto papel dos jornalistas de Murdoch em empregar "artes negras" -- jargão para práticas duvidosas e potencialmente ilegais -- e em particular as alegações de fingirem ser outra pessoa, em um escândalo de grampos telefonônicos e de computadores.
Pike expôs as queixas da News Group sobre a investigação da BBC em cartas enviadas ao programa Panorama no início de março intituladas "NÃO PUBLICAR & NÃO PARA TRANSMISSÃO: ESTRITAMENTE PRIVADO E CONFIDENCIAL". Em duas cartas, datadas de 10 e 11 de março, Pike sugeriu que a BBC poderia estar perseguindo a história dos grampos por razões comerciais ou políticas e não por motivos jornalísticos.
Pike disse que o diretor geral da BBC, Mark Thompson, tinha sido "obrigado a pedir desculpas" em novembro de 2010 por acrescentar a sua assinatura a uma carta de um grupo de empresas que eram críticas à oferta da News Corp para adquirir o saldo de ações da BSkyB. (Reuters/AgênciaFM)
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