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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

É Mara!, maravilhoso

Morre o maior nome da dramaturgia brasileira dos últimos anos, Itálo Rossi. Vencedor de três prêmios Molière, nos anos 80, o mais importante das artes cênicas no Brasil.



O ator Ítalo Rossi, 80 anos, morreu nesta terça-feira,2 em consequência de complicações respiratórias, segundo a família. Ele estava internado havia dois dias no Hospital Copa D'Or, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O corpo dele vai ser sepultado às 16h, no Cemitério do Caju, na Zona Portuária.

PERFIL

 Ladir, Toma lá dá cá
Ítalo Balbo di Fratti Coppola Rossi nasceu em Botucatu, interior de São Paulo, em 19 de janeiro de 1931, em uma família italiana habituada às óperas e aos concertos. No TBC (Teatro Brasileiro de Comédias) e teve uma longeva carreira nos palcos, onde atuou até os últimos anos de vida.

Ao lado de Fernanda Montenegro, Fernando Torres  e Sérgio Brito, foi um dos fundadores do Teatro dos Sete, Sergio Britto e Fernando Torres. Sua melhor performance com o TS, foi em "O homem, a besta e a virtude", encenada em 1964.




Na televisão, Ítalo Rossi iniciou a carreira em 1963, na extinta TV Rio, e participou de dezenas de novelas, séries e especiais na TV Globo, incluindo "Escrava Isaura" (1976) e "Que rei sou eu?" (1989).

Entre seus papéis mais marcantes estão o mordomo Alfred, de "Senhora do destino" (2004), e o advogado Fernando Medeiros, de "Belíssima" (2006). Seu último trabalho na televisão foi o personagem Seu Ladir, do humorístico "Toma lá, dá cá", dono do bordão "É mara, maravilhoso!".

Rossi também brilhou no cinema, tendo participado de cerca de 20 longas-metragens, incluindo "Uma vida para dois" (1953), "O pão que o diabo amassou" (1957), "A derrota" (1967), "Cara a cara" (1967), "Doida Demais" (1989) e o recente "Sexo com amor?" (2008). Em 2010, foi homenageado com o livro "Fotobiografia de Ítalo Rossi", com sua trajetória nos palcos e nas telas.(Francisco Martins).

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