John Lydon, cantor dos Sex Pistols e um dos principais ícones do movimento punk, contou que, aos oito anos, era incapaz de reconhecer os próprios pais quando estes foram buscá-lo em um hospital.
Em entrevista exclusiva à BBC, Lydon revelou detalhes pouco conhecidos sobre sua infância, como quando, durante o período em que esteve se recuperando de uma meningite, esteve em coma e enfrentou períodos de grave perda de memória.
O cantor, hoje com 54 anos, contraiu meningite aos sete anos de idade e passou um ano de convalescência.
"Ali está você no hospital, sem entender nada ao seu redor", descreve Lydon. "Sem saber seu nome, sem saber quem você é, sem saber que as pessoas na sua frente são seus pais".
"Você não sabe por que está ali e, mesmo presumindo que pertence à alguém, se questiona: 'será que eles estão mentindo'?. É um sentimento terrível", diz o cantor, que, anos mais tarde, sob o nome de Johnny Rotten (“Joãozinho Podre”) formaria uma das bandas mais influentes da história do rock.
Com suas letras contestatórias e seu estilo agressivo e rebelde, os Sex Pistols lideraram uma revolução de grande impacto sobre a cultura jovem no final dos anos 70.
"Era a única coisa que poderia despertar minha memória", diz Lydon. "Deve ter funcionado, pois aqui estou, e tenho plena noção de quem sou". Lydon também falou do alívio que sentia toda vez que recuperava uma peça do quebra-cabeças de suas memórias, um processo que acabou durando quatro anos. Ao voltar para a escola, ele não conseguia reconhecer vários de seus amigos e teve que dar duro para recuperar o ensino que perdeu no ano em que ficou no hospital.
"Até fazer dez anos, eu era bem quieto" diz o cantor. "Depois comecei a me achar."
"Minha memória estava voltando aos poucos, e acho que ainda havia um pouco de raiva no ar", afirma Lydon, que diz ter adquirido uma forte desconfiança de autoridades por causa de sua experiência no hospital. "'Professor ou não, eu não ligo. Se você estiver mentindo, eu vou te dizer isso na cara".
Foi nessa fase que ele passou a contestar as figuras de autoridade na escola, em particular nas aulas de literatura inglesa e educação religiosa.
Lydon e a mulher, Nora (Foto do livro 'Mr Rotten's Scrapbook)"
Lydon foi expulso da escola e de casa antes de formar os Sex Pistols
Não demorou muito para o adolescente ser rotulado de "encrenqueiro" e para ser expulso da escola, aos 15 anos.
Ele reconhece, no entanto, que sempre foi tratado com amor por seus pais. "Eles realmente sofreram e batalharam por mim. Serei eternamente grato, porque sem isso, não seria o que sou", diz ele.
Mas a vida doméstica também passou por conflitos. No final da adolescência, ele brigou com os pais porque se recusava a cortar o longo cabelo. Ele acabou concordando, mas não sem pintar o cabelo de verde, o que acabou resultando na sua expulsão de casa. Lydon foi morar em um squat (residência vazia invadida) e formou o Sex Pistols. O resto é história.
Em entrevista exclusiva à BBC, Lydon revelou detalhes pouco conhecidos sobre sua infância, como quando, durante o período em que esteve se recuperando de uma meningite, esteve em coma e enfrentou períodos de grave perda de memória.
O cantor, hoje com 54 anos, contraiu meningite aos sete anos de idade e passou um ano de convalescência.
"Ali está você no hospital, sem entender nada ao seu redor", descreve Lydon. "Sem saber seu nome, sem saber quem você é, sem saber que as pessoas na sua frente são seus pais".
"Você não sabe por que está ali e, mesmo presumindo que pertence à alguém, se questiona: 'será que eles estão mentindo'?. É um sentimento terrível", diz o cantor, que, anos mais tarde, sob o nome de Johnny Rotten (“Joãozinho Podre”) formaria uma das bandas mais influentes da história do rock.
Com suas letras contestatórias e seu estilo agressivo e rebelde, os Sex Pistols lideraram uma revolução de grande impacto sobre a cultura jovem no final dos anos 70.
"Era a única coisa que poderia despertar minha memória", diz Lydon. "Deve ter funcionado, pois aqui estou, e tenho plena noção de quem sou". Lydon também falou do alívio que sentia toda vez que recuperava uma peça do quebra-cabeças de suas memórias, um processo que acabou durando quatro anos. Ao voltar para a escola, ele não conseguia reconhecer vários de seus amigos e teve que dar duro para recuperar o ensino que perdeu no ano em que ficou no hospital.
"Até fazer dez anos, eu era bem quieto" diz o cantor. "Depois comecei a me achar."
"Minha memória estava voltando aos poucos, e acho que ainda havia um pouco de raiva no ar", afirma Lydon, que diz ter adquirido uma forte desconfiança de autoridades por causa de sua experiência no hospital. "'Professor ou não, eu não ligo. Se você estiver mentindo, eu vou te dizer isso na cara".
Foi nessa fase que ele passou a contestar as figuras de autoridade na escola, em particular nas aulas de literatura inglesa e educação religiosa.
Lydon e a mulher, Nora (Foto do livro 'Mr Rotten's Scrapbook)"
Lydon foi expulso da escola e de casa antes de formar os Sex Pistols
Não demorou muito para o adolescente ser rotulado de "encrenqueiro" e para ser expulso da escola, aos 15 anos.
Ele reconhece, no entanto, que sempre foi tratado com amor por seus pais. "Eles realmente sofreram e batalharam por mim. Serei eternamente grato, porque sem isso, não seria o que sou", diz ele.
Mas a vida doméstica também passou por conflitos. No final da adolescência, ele brigou com os pais porque se recusava a cortar o longo cabelo. Ele acabou concordando, mas não sem pintar o cabelo de verde, o que acabou resultando na sua expulsão de casa. Lydon foi morar em um squat (residência vazia invadida) e formou o Sex Pistols. O resto é história.
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