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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Conheça os contos de Sir KKK


Leitores de F&M terão mais uma opção, os contos trágicos e eróticos de Kreubber Krigger Krugger, entre "O altruísmo levou-lhe à morte"




Um nasceu para salvar vidas enquanto o outro nasceu para dar fim a elas. Mesmo que fosse daquele que lhe deu dupla chance de viver.

Rio de Janeiro, 25 de outubro de 1958. Nessa data, o jovem Arlindo Armando, 23 anos, de classe média, que havia cursado medicina em Pernambuco, termina seu estágio e se especializa em cardiologia infantil. O Dr. Armando, arranja trabalho em um famoso hospital na baixada fluminense e trabalha 3 anos consecutivos, sem férias. Aos 27 anos, era Deus no céu e sua profissão na terra. Aos poucos, se torna um dos profissionais mais dedicados do estado carioca. Dr. Arlindo Armando sentia-se um pouco cansado, afinal atender em um pronto socorro da baixada fluminense requeria muito esforço.

E ele, já havia três anos que não sabia o que era descansar. Sua vida estava resumida a dormir, acordar e ir trabalhar. Não sabia o que era praia, cinema ou teatro etc. Uma propaganda em um conhecido jornal pernambucano, comprado na Praça Tiradentes, RJ, levaria o médico a decidir por umas férias em Pernambuco. Dr. Armando, como era conhecido no hospital, olhou em sua agenda, e viu que seus clientes estavam medicados, e careciam de retorno a 20 dias. Pensou o médico: são vinte dias nas belas praias de Pernambuco, e volto a tempo para o retorno à consulta dos clientes. Comprou a passagem e rumou para Recife, no dia 23 de outubro de 62. Enquanto o avião sobrevoava Recife, para posar no Aeroporto dos Guararapes, ele avista os rios Beberibe e Capibaribe, Dr. Armando admira-se com a beleza dos rios. Ao descer no aeroporto, vê a manchete estampada " Salvem o pequeno Sinval". Seu coração de médico altruísta balançou. Pensou, pensou, ah! aqui tem grandes médico.

Seguiu para o hotel e não conseguiu dormir. Aquela manchete estava gravada em sua retina. Suportou a pressão das imagens por dois dias, até que procurou o hospital e pediu para falar com o médico que atendia o menino que completava 5 anos naquele dia 25 de outubro de 63. Lá ele ficou sabendo de toda situação e resolveu entrar na luta pela vida de Sinval. Enquanto seu colega explicava que o problema do garoto era a falta de um doador de sangue tipo -O negativo, via nos olhos de Dr. Armando um certo brilho, que lhe interrompeu: meu sangue é esse tipo e eu quero doar, exclamou. Imediatamente, disse o médico, avisem para a família Silva comparecer ao hospital urgente, isso por volta das 18h00. Um estafeta do hospital foi até ao serviço de utilidade pública de uma rádio, o modo mais rápido de atingir à família.

Dr. Armando sabendo dos procedimentos, voltou ao hotel para estar descansado no dia seguinte, quando faria mais uma boa ação, doar sangue para o menino Sinval. Após um jantar leve, foi para cama e logo pegou no sono, e teve quase que uma visão. No sonho, Dr. Armando encontrava-se no Rio de Janeiro, na Praça XV. Um garoto de aproximadamente 13 anos se aproximava dele e puxava uma arma de fogo. Ele lutava com o garoto. O médico não levou em consideração a premonição. Voltou a dormir mas teve o mesmo sonho. Alguma coisa parecia querer avisar, quando seguia para o hospital a ambulância se envolveu em um incidente o que acarretou em alteração no horário da transfusão. O médico sentia que tinha cumprido mais uma missão em sua vida, apesar da modéstia, sabia que havia salvo da morte aquela pobre criança.

Conto Completo http://formasemeios.blogs.sapo.pt/?skip=3&tag=contos+%26+hist%C3%B3rias

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