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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Mercedes Asa de Gaivota, clássico dos clássicos



Desde que o mundo é mundo pessoas e empresas se tornam importantes tanto quanto seus feitos, e são considerados históricos e suas decisões são capazes de alterar o comportamento da sociedade. Isso acontece constantemente com diretores cinematográficos por exemplo Alfred Hitchcock, Cecil B. de Mille cujas produções tornaram-se clássicos. Na linha automotiva a coisa é bem parecida também.


Existem algumas marcas que, devido trajetória e importância histórica, são quase que 'intocáveis" e os seus produtos são o que há de melhor: tanto na tecnologia quanto no requinte. A empresa alemã Mercedes-Benz é um exemplo, pois há anos vem contribuindo para que o setor automobilístico tenha produtos com elevado grau de requinte.


Consagração da marca

Um dos veículos que consagrou a grife Mercedes-Benz, sem dúvida foi o 300 SL cupê, lançado em 1954, cuja atração maior eram suas portas que abriam-se para cima, semelhante a uma gaivota, daí o apelido de Mercedes "Asa de Gaivota". É um carro vencedor, também. Venceu a tradicional prova francesa de Le Mans, em 1952. O carro recebeu várias alterações para versão que foi às lojas em outubro de 1954. O Asa de Gaivota de corrida não tinha injeção eletrônica, enquanto o que foi às loja sairia como item de fábrica, enquanto o complexo formato de chassi permaneceu intacto. O 300 SL, apesar do seu charme não chegou a ser um sucesso comercial, devido seu projeto complicado e caro demais para ser executado. Foi nesse cenário que surge no ano de 1957 a versão roadster, o Mercedes 300SL roadster. Para concepção do carro, o chassi foi modificado para melhor adaptação da abertura das portas, agora feita de modo convencional. O eixo da suspensão traseira também recebeu mudanças pois a versão cupê não oferecia segurança necessária em alta velocidade e em terrenos molhados.


O carro tinha motor 3.0 litros de 6 cilindros em linha e com 250 cv de potência e 30 Kgmf de torque. O câmbio manual de 4 marchas acelerava de 0 a 100 Km/h em apenas 8s8 atingindo velocidade máxima de 270 Km/h. A quilometragem de 270 Km era muito expressiva para sua época, a década de 50. Seus freios a disco foram implementados somente nos roadster 1961, que ao contrário do clássico Asa de Gaivota, foi um sucesso de venda em todo o mundo, principalmente no mercado norte-americano. A empresa alemã resolveu encerrar a produção do roadster em 1963. Mas, seu legado e importância automobilística serão para sempre lembrados, afinal, trata-se de um legítimo Mercedes-Benz. O Asa de Gaivota, é um objeto de consumo de muitos colecionadores. Porém, poucos são os que conseguem um exemplar pois se trata de um dos mais raros e caros entre os clássicos automotivos. Se tem notícia de que o empresário Edgar Saigh é dono de um exemplar "Asa de Gaivota". [Francisco Martins – agenciafm@agenciafm.jor.br ]Mais carros antigos em www.formasemeios.blogs.sapo.pt


# Reportagem publicada na Revista Clássicos Automotivos, edição nº 80 - ano X - outubro de 2004, com tiragem de 20 mil exemplares e vendida em bancas eleita algumas vezes a melhor do gênero.


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