Ao lado de Adrién Taunay, Florence tinha incumbência de registrar a fauna e a flora hábitos e tipos locais. Decepcionou-se. " Em Paris, possivelmente encontraria pessoas que me dariam ouvidos, me entenderiam e protegeriam." Ele revela algo nefasto: é fato de antanhos que os empresários e governantes brasileiros não vão além do marketing e da obscuridade cultural.
Trabalhos do francês Hércules Florence em exposição na Praça da Luz, em São Paulo. A mostra apresenta intervenções e obras quando Florence esteve no Brasil, no século XIX, na expedição Langsdorff, de 1825 a 1829, sob batuta do barão alemão Georg Heinrich Von Langsdorff . Aos 20 anos, chegou ao Rio de Janeiro com patrocínio do Czar russo Alexandre 1*, e total apoio de Dom Pedro 1*. O francês percorreu 16 mil quilômetros, partindo de São Paulo até o Amazonas, tornava-se, então, um dos mais importantes viajantes estrangeiros a registrar fatos cotidianos do Brasil em dezenas de aquarelas, desenhos. A maior parte delas estão sendo exibidas pela primeira vez na mostra " Hércules Florence e o Brasil". São 180 obras, e a exposição começa com desenhos da expedição, que deixa transparecer o espírito inventor do artista, pois foi ele o primeiro a utilizar o termo fotografia, em 1833, para determinar suas experiências com impressão através da luz solar. Inventou também o processo de revelação três anos antes de Daguerre.
Hércules Florence [1804-1879], criou a poligrafia no Brasil, que permitiu, a impressão de todas as cores de uma só vez seja em tecido ou papel. Inventou a zoofonia, um estudo minucioso sobre sons de animais; realizou uma série de estudos sobre as núvesn cujas aquarelas mostram as nuvens carregadas de chuvas, ou em gênero alto-cúmulo [forma de carneirinho], formam a série que é um dos destaque da exposição, e as nuvens são mostradas ás 15h00 do dia 23 de julho 1832. Paisagens de fazendas de café, políticos liberais como Diogo Feijó, canavial mostrando as condições do negro no Brasil, povos indígenas, como os guatós {em extinção restam apenas 500} registrados em uma aquarela datada de 1830.
O fotógrafo, pintor e inventor Hércules Florence, era radicado em Campinas, interior do Estado de São Paulo, tendo fundado o primeiro jornal da cidade. Em 1834, desenganado pela falta de interesse e apoio ao seu trabalho escreveu que seria diferente se tivesse ficado em Paris " Lá, possivelmente encontraria pessoas que me dariam ouvidos, me entenderiam e protegeriam". O diário relata muitas outras passagens desanimadoras - dos 75 anos de vida 50 ele viveu no Brasil -, principalmente a falta de apoio e utilização do seu método, polígrafo, pelos fabricantes de tecidos que poderiam imprimir amostras de rendas, musseline entre outros.
Serviço
"Hércules Florence e o Brasil"
Praça da Luz, n* 2 -
centro São Paulo
De 12/12 a 14/03/2010
3324-1000
Das 10h às 18h00 [não abre na 2* feira]
R$ 6,00
Grátis aos sábados
[11] 3324-1000
Trabalhos do francês Hércules Florence em exposição na Praça da Luz, em São Paulo. A mostra apresenta intervenções e obras quando Florence esteve no Brasil, no século XIX, na expedição Langsdorff, de 1825 a 1829, sob batuta do barão alemão Georg Heinrich Von Langsdorff . Aos 20 anos, chegou ao Rio de Janeiro com patrocínio do Czar russo Alexandre 1*, e total apoio de Dom Pedro 1*. O francês percorreu 16 mil quilômetros, partindo de São Paulo até o Amazonas, tornava-se, então, um dos mais importantes viajantes estrangeiros a registrar fatos cotidianos do Brasil em dezenas de aquarelas, desenhos. A maior parte delas estão sendo exibidas pela primeira vez na mostra " Hércules Florence e o Brasil". São 180 obras, e a exposição começa com desenhos da expedição, que deixa transparecer o espírito inventor do artista, pois foi ele o primeiro a utilizar o termo fotografia, em 1833, para determinar suas experiências com impressão através da luz solar. Inventou também o processo de revelação três anos antes de Daguerre.
Hércules Florence [1804-1879], criou a poligrafia no Brasil, que permitiu, a impressão de todas as cores de uma só vez seja em tecido ou papel. Inventou a zoofonia, um estudo minucioso sobre sons de animais; realizou uma série de estudos sobre as núvesn cujas aquarelas mostram as nuvens carregadas de chuvas, ou em gênero alto-cúmulo [forma de carneirinho], formam a série que é um dos destaque da exposição, e as nuvens são mostradas ás 15h00 do dia 23 de julho 1832. Paisagens de fazendas de café, políticos liberais como Diogo Feijó, canavial mostrando as condições do negro no Brasil, povos indígenas, como os guatós {em extinção restam apenas 500} registrados em uma aquarela datada de 1830.
O fotógrafo, pintor e inventor Hércules Florence, era radicado em Campinas, interior do Estado de São Paulo, tendo fundado o primeiro jornal da cidade. Em 1834, desenganado pela falta de interesse e apoio ao seu trabalho escreveu que seria diferente se tivesse ficado em Paris " Lá, possivelmente encontraria pessoas que me dariam ouvidos, me entenderiam e protegeriam". O diário relata muitas outras passagens desanimadoras - dos 75 anos de vida 50 ele viveu no Brasil -, principalmente a falta de apoio e utilização do seu método, polígrafo, pelos fabricantes de tecidos que poderiam imprimir amostras de rendas, musseline entre outros.
Serviço
"Hércules Florence e o Brasil"
Praça da Luz, n* 2 -
centro São Paulo
De 12/12 a 14/03/2010
3324-1000
Das 10h às 18h00 [não abre na 2* feira]
R$ 6,00
Grátis aos sábados
[11] 3324-1000
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