A Casa dos Bicos foi morada do filho do vice-rei da Índia Afonso de Albuquerque, que a mandou construir em 1523. A residência teve como modelo o Palácio dos Diamantes, em Ferrara, Itália, após uma viagem a Itália. Em 2009 passa para Fundação José Saramago.
O antigo morador gostaria de manter o mesmo nome de sua casa, porém, a opinião dos lisboetas foi diferente. Onde alguns quereriam ver diamantes, eles não viam mais do que bicos de pedra, então, passaram a chamá-la Casa dos Bicos, e findou entrando para História. A casa serviu a distintas funções, tanto privadas como públicas, sendo mesmo utilizada, durante algum tempo, como armazém de bacalhau, e, até 2002 albergou a Comissão dos Descobrimentos, entidade que coordenou as atividades que comemoraram as viagens portuguesas ao redor do mundo.
A Fundação José Saramago pretende que os três primeiros pisos deste edifício emblemático sejam espaços públicos em que se celebrem exposições, recitais, conferências, cursos, seminários, de modo que as suas dependências sejam colocadas ao serviço da cultura. A Casa ficará aberta ao público, pondo assim termo a um largo período em que nem os lisboetas nem os turistas podiam apreciar os vestígios de épocas passadas que se albergam no piso térreo: um conjunto de estruturas que remonta às primeiras ocupações do espaço. Troços importantes como da muralha fernandina, tanques romanos (cetárias) de base quadrangular, destinados à salga e conserva de peixes (o famoso garum), e por restos de cerca moura. O edifício pertence ao município, e a Fundação José Saramago encarregar-se-á da manutenção da Casa por um período de dez anos. A deverá ser aberta ao público até Junho, momento em que termina a primeira fase de restauro.
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