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sexta-feira, 20 de março de 2009

De Valentim a Valentim

Exposição com 350 esculturas de artistas quase esquecidos realçam miscigenação e convida para discutir a identidade do povo brasileiro através das esculturas públicas e tumulares.

Mostra sobre mestre Valentim [obra à direita:Narciso e Eco Jardim Botânico - RJ séc XVIII ] vai além da arte tumular mercado para qual a escultura parece ter sido fadada. A exposição dá um passeio não somente pelas obras de Valentim mas por outros nomes esquecidos na história da arte brasileira. São 350 peças em um espaço de 2.000 metros quadrados com curadoria de Emanuel Araújo, que empresta obras do Museu Afro. Outras instituições como Museu Nacional de Belas Artes e Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro, o Museu Mariano Procópio, de Juiz de Fora, MG, e obras de colecionadores paulistanos e cariocas e mineiros.
A mostra tem como ponto de partida grandes peças do urbanista, escultor e arquiteto Mestre Valentim da FonsecaSilva , nasceu em 1745 e falecido em 1º de março de 1813. O escultor foi autor entre tantas outras obras o passeio público do Rio de Janeiro, 1783, considerado o primeiro parque público das Américas. Mestre Valentim era mestiço filho de um português com uma negra o que dá a noção da miscigenação à mostra um fator atrativo da exposição. Os vários bustos com traços indigenas e africanos pontuam a exposição e convidam discutir a identidade brasileira.

Constelação
Escultores mais recentes participam da mostra como por exemplo Bruno Giorgi [1905-1993], Carybé [1911-1997], Francisco Brennand [escultura à esquerda] e Xico Stockinger e Frans Krajcberg, e o baiano Rubem Valentim [1922-1991], cujas obras tem influências de religiões africanas. A partir daí o túmulo do tempo entra em cena e traz verdadeiros mestres da escultura como Rodolfo Bernardelli [1852-1931], foi diretor da Escola Nacional de Bela Artes, Rio de Janeiro, Victor Brecheret [1894-1955] autor do "Monumento às Bandeiras" e Galileu Emendabile [1898-1974] autor do Obelisco em homenagem ao soldado, ambas instaladas no Parque do Ibirapuera, São Paulo. O raro trabalho de Ernesto de Fiori [1884-1945], a escultora campineira Nicolina Vaz de Assis [1874-1941] autora de "Fonte Monumental", localizada na Praça Júlio Mesquita, região central de São Paulo. Outros dois escultores reaparecem das cinzas; o paulistano Vicente Larocca [1892-1963] com a obra "Serenidade" propriedade da Pinacoteca do Estado de São Paulo e o italiano Elio Giusti [1899-1935] típico escultor tumular entre outros participantes.

De Valentim a Valentim - A Escultura Brasileira
Museu Afro Brasileiro
Parque do Ibirapuera, portão 10
[11] 5579-0593
Grátis

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