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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Morre o poeta Max Martins

Autor singular com poemas pontiagudos cauterizando as chagas do tempo, além de bastante cultuado em periódicos literários.


O poeta paraense Max Martins, 82, morreu em Belém do Pará, na segunda-feira,9, vitimado por uma pneumonia. Mesmo à distância Max dialogou com as tendências literárias, do modernismo ao contemporâneo. Ele foi inspirador de muitos outros poetas pelo país afora. É preciso quase uma via sacra para encontrar seus livros, publicados de modo artesanal. Os livros "Não Para Consolar", de 1952, e Poemas Reunidos", 1952, com reedição em 2001, foram lançados pela Editora da Universidade do Pará, e são mais fáceis de se encontrar. Sua estreia na literatura aconteceu com o livro "O Estranho", 1952, uma obra permeada com ironias de Carlos Drummond de Andrade em relação à modorra provinciana.


Outras obras


Em 1971 escreveu "H'Era e o "Rico Subscrito",1980, obra com uma linguagem muito própria, e com sintonia com experimentações dos poetas concretos. Outra obra cultuada do poeta é "Maharu" e a "Fala entre parênteses", em parceria com Age Carvalho. O poeta paraense tinha em suas obras literárias alguns aproximações inevitáveis e fragmentos do lirismo de José Paes Leme, e a tensão formal-existencial de Ferreira Goulart. Max viveu praticamente isolado do circuito literário e editorial do Sudeste, algo que pode ser explicado mas não justificado.

[Foto: www.www.jesocarneiro.com

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