sábado, 30 de dezembro de 2006
Saddam é morto por enforcamento
Fim para Saddam Hussein: executado na forca em Bagdá.
A televisão estatal Al-Iraquiya - Iraque, confirmou, por volta de 1h30 de hoje, a execução do ex-ditador e genocida , o iraquiano Saddam Hussein por enforcamento. A morte já tinha sido antecipada pela emissora local Al Hurra e a TV árabe Al-Arabiya, ocorreu por volta das 6h locais (1h em Brasília) e foi registrada em fotos e vídeo. Um dos advogados de Saddam também já tinha confirmado a execução. O Conselheiro da Segurança Nacional do Iraque, Mouwafak al-Rubai, que estava presente à execução do ex-presidente, afirmou que ele "parecia estranhamente submisso" ao processo. "Ele estava com medo. Dava para ver medo no seu rosto", teria afirmado Rubai segundo a CNN. A TV também divulgou imagens minutos antes do enforcamento de Saddam Hussein. Ele se negou a usar o capuz destinado aos condenados à forca.
"A execução de Saddam Hussein terminou", anunciou a Al-Iraquiya em uma faixa na tela, sobre imagens com os versículos do Alcorão. "Foi enforcado até morrer", informou outra faixa na tela. Saddam, derrubado em abril de 2003 após a invasão comandada pelo governo americano, foi condenado em novembro por crimes contra a humanidade pelas mortes de 148 xiitas de Dujail em 1982. Saddam era acusado ainda de ter ordenado e executado as campanhas militares de Anfal, no Curdistão (norte), entre 1987 e 1988, que provocaram a morte de 180 mil curdos
Reação à morte
Logo após a morte ser noticiada, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, classificou o enforcamento de "importante marco", mas alertou que ela não vai acabar com a violência no Iraque. "Levar Saddam Hussein à Justiça não vai acabar com a violência no Iraque, mas é um marco importante no caminho do Iraque para se tornar uma democracia que possa se governar, se sustentar e se defender", disse ele em comunicado de seu rancho no Texas. Muitos iraquianos e descendentes de iraquianos comemoraram a execução no Iraque e nos Estados Unidos. Em Dearborn, Michigan, um grupo de americanos de origem iraquiana saiu às ruas com bandeiras e cartazes, antes mesmo da execução, para festejar. No Iraque, as forças americanas e locais estão em alerta para a possibilidade de uma onda de atentados após a morte do ex-líder, promovidos por grupos contrários à ocupação dos EUA.
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