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domingo, 8 de outubro de 2006

Escândalo sexual assusta republicanos


A vida secreta do ex-deputado republicano Mark Foley ameaça destruir as ambições de permanência no poder de dezenas de legisladores republicanos.

A disputa eleitoral de 7 de novembro determinará se os republicanos manterão o controle do Congresso ou se os eleitores darão as costas para eles, como indicam algumas pesquisas. Quando faltam quatro semanas para as eleições, o "caso Foley" está na boca de todos em Washington - foi o assunto principal dos programas políticos de TV veiculados hoje - e os refletores estão voltados não para as conquistas republicanas, mas para os detalhes deste escândalo.

Foley, um católico homossexual de 52 anos, é alvo de uma ampla investigação pela suposta troca de mensagens eletrônicas de conteúdo sexual com estagiários do Capitólio. As autoridades realizam uma investigação do caso que levou à renúncia de Foley e para determinar se, como alegam os democratas, houve encobrimento de informações dos republicanos.

O senador republicano Jim Talent, que trava um confronto acirrado no Missouri com a candidata democrata Claire McCaskill, disse à rede "NBC" que "aquele que for o responsável (do suposto encobrimento) deve sofrer as conseqüências". O deputado republicano Adam Putnam reconheceu em um programa da "ABC" que o escândalo foi uma distração inoportuna, mas previu que os republicanos continuarão vivos na disputa eleitoral.

A oposição se queixa, especialmente, que apenas alguns deputados republicanos estivessem sabendo das mensagens e que o comitê responsável pelo programa de estagiários excluísse os democratas das conversas.
O presidente da Câmara de Representantes, Dennis Hastert, se nega a renunciar e defende sua postura na questão. A Casa Branca o apóia e vários republicanos também o defenderam hoje. O caso causou nervosismo entre os republicanos, que defendem o conservadorismo social e os "valores familiares". Eles temem a ira da base conservadora que os manteve no poder desde 1994, já que neste caso a abstenção poderia aumentar em meio a seus eleitores. Nestas eleições, serão renovadas as 435 cadeiras da Câmara de Representantes e 33 das 100 vagas do Senado, além de 36 governadores. Os democratas precisam de 15 cadeiras na Câmara Baixa e de 6 na Câmara Alta para desbancarem os republicanos. [Foto: site de Mark Foley]

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