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sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Lesbianismo, velcro com velcro, terror e beleza em "Thelma"

Depois de se mudar para Oslo, uma estudante norueguesa vai passar pelos momentos mais estranhos de sua vida. 

 Isso porque, inesperadamente, ela acaba descobrindo que tem poderes sobrenaturais e, para completar, está perdidamente apaixonada e personagem central vive sofrendo de estranhas crises. Filme do Norueguês Joachim Trier , traz  personagens fortes que ora parece terror hora horror. Thelma, vivida por Eili Harboe e Anja, interpretada por Kaya Wilkins protagonizam cenas de tirar o tampo da cabeça. 

Mas, tem outras cenas enigmática exmplo  a revoada dos pássaros, antecede uma dessas crises, condição que culmina, exatamente, com aves chocando-se mortalmente contra o vidro da universidade. Profundamente ligadas ao desenho paulatino desse caráter extraordinário, estão as tentativas de socialização da menina acostumada a falar diariamente com os pais, inclusive dando detalhadas satisfações do cotidiano, traço de uma criação cristã, logo posta em xeque pela nova realidade.

 O cineasta Joachim Trier faz do comportamento da câmera outro sintoma flagrante de algo perturbando a normalidade, com suas aproximações lentas, estreitando frequentemente o foco, partindo de um plano mais aberto. A protagonista é uma jovem inibida, com dificuldades para fazer amizades, logo apegada a Anja (Kaya Wilkins), a colega que lhe demonstra natural simpatia.  



A constatação dos poderes da protagonista traz o filme para um terreno menos movediço, embora paire uma bruma de incerteza sobre a natureza deles. ***

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