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quarta-feira, 8 de março de 2017

“Papa Francisco: Conquistando Corações”

Suas frases fortes, seu desapego ao material, sabia-se que era questão de tempo ver cinebiografias suas nas telonas. Isso acontece agora com “Papa Francisco: Conquistando Corações”, um título nacional que não deixa dúvidas quanto ao caráter elogioso da obra do diretor Beda Docampo Feijóo.

Baseado em livro de Elisabetta Piqué, o filme dispõe-se a contar a história de Jorge Mario Bergoglio, seu nome de batismo, desde a infância, numa família de classe média de origem italiana, passando pela adolescência, quando descobriu a vocação religiosa – para desespero de sua mãe, que sonhava vê-lo médico.

A história não se detém muito nesse período e sim na vida adulta do já cardeal de Buenos Aires (interpretado com afinco pelo ator Dario Grandinetti, de “Fale com Ela”). A ênfase está em situar o cardeal como uma pessoa de hábitos simples, que usa o transporte público e anda pelas ruas da capital portenha, abrindo mão inclusive de seu palácio, entregue a atividades educacionais e de catequese. Também se abre espaço a seus enfrentamentos com uma parte da elite rica do país, bem como com os militares que o comandaram na ditadura 1976-1983.

Cinebiografia feita com carinho mas visível compromisso em não polemizar, o filme é agradável mas certamente não é o que um papa com esta personalidade e importância merece.A cinebiografia do Papa Francisco é dirigida por Alejandro Agresti (“A casa do lago”) e estrelada por Rodrigo De la Serna. Emocionate! (Francisco Martins com Agências Internacionais). 

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