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quinta-feira, 10 de novembro de 2016

John Malkovich e Kurt Russell em “Horizonte Profundo”

Mark Wahlberg


O desastre em questão é a explosão, ocorrida em 20 de abril de 2010, da plataforma da Transocean, a serviço da BP (British Petroleum), que vitimou 11 pessoas – um milagre, se se pensar nas proporções do acidente – e que provavelmente deve vir à memória do espectador por causa do consequente vazamento de petróleo no Golfo do México, que se alongou por meses e tomou conta dos noticiários.

Kurt Russell
O longa apresenta brevemente a vida dele e de outros funcionários na Louisiana, como Andrea Fleytas (Gina Rodriguez), que embarcam para o seu próximo turno de trabalho na Deepwater Horizon. Mostra a tensão das relações que ali se estabelecem, como entre o chefe da instalação Jimmy Harrell (Kurt Russell) e o engenheiro responsável da BP, Donald Vidrine (John Malkovich).


Neste sentido, é louvável a produção não hesitar em apontar a responsabilidade da companhia petrolífera. Não será difícil para o público brasileiro traçar um paralelo com o rompimento da barragem em Mariana (MG) e imaginar uma versão cinematográfica do pior desastre ambiental do país.

John Malkovich

Quanto ao mais grave desastre ocorrido nos Estados Unidos, Berg cria sua espetacularização do evento com a câmera nervosa, luzes piscantes, som atordoante e efeitos visuais que conseguem traduzir a confusão vivida pelos trabalhadores naquela hora, ainda mais em uma sala IMAX. 


Tanto que chega a ser difícil identificar os personagens a partir do momento crítico, com a lama, o petróleo, as cinzas e a escuridão invadindo a tela – e também pelo fato de o roteiro de Matthew Michael Carnahan e Matthew Sand não dar dimensão a eles, de um modo que tornasse mais claro distingui-los. (AgênciaFM \br.reuters).




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