"Casamento de Verdade” mostra tensão familiar em revelação sobre sexualidade.
Um dos momentos mais tensos para qualquer pessoa da comunidade LGBTT é o de se abrir honestamente com a família a respeito da própria sexualidade.
Tratando deste processo delicado, a diretora e roteirista Mary Agnes Donoghue discute as relações em “Casamento de Verdade”, um melodrama com generosas doses de condescendência sobre a situação. Embora não vá a fundo na questão, ainda assim apresenta um olhar delicado sobre o tema.
A história é centrada no drama de Jenny (Katherine Heigl). Com mais de 30 anos, independente e aparentemente bem-resolvida, há cinco anos mora com sua namorada Kitty (Alexis Bledel), com quem pretende se casar. O problema é que ela jamais foi franca com sua família, que tenta sempre empurrar um “bom partido” para a filha solteira, que ainda vive com uma “colega de quarto”.
Como nunca aceita as investidas dos rapazes a ela apresentados, a irmã, Anne (Grace Gummer), e a mãe, Rose (Linda Emond), passam a acreditar que Jenny, na verdade, tem um relacionamento com um homem casado. Uma situação insustentável, que só termina quando Anne flagra a irmã beijando Kitty em uma loja de noivas. É o começo do processo.
O talento da dupla e os diálogos, no fim, são os grandes trunfos da produção, que se torna complacente demais com as feridas abertas. Mary Agnes Donoghue apenas arranha a superfície, pois não desenvolve bem os conflitos entre os personagens em relação ao desfecho que apresenta. É doce demais. (AgênciaFM\br.reuters.com).
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