Espiamos o filme "Júlio Sumiu" que traz atriz Lília Cabral em seu melhor momento na telona, a salvação da película
SÃO PAULO (SP) BRASIL - O diretor de "Júlio Sumiu", Roberto Berliner, tem de agradecer muito a Lília Cabral pois sem ela, seu filme seria não passaria de algo insuportável. Humor totalmente truncado, que nunca encontra o timing (tempo certo da piada) certo para suas tentativas de piada não muito elaboradas.
Com seu talento e carisma, a atriz transborda em sua personagem - que teria tudo pra ser chata -, na maior diversão da película. Edna, vivida por Lília Cabral, é mãe protetora e amorosa de cujo filho Júlio (Pedro Nercessian - na cola do pai político) que some sem deixar qualquer resquício. Tendo como base o romance de Beto Silva (leia-se "Casseta & Planeta"), é uma comédia de erros, com zelos muitas vezes excessivo, da protagonista. Quando procura a polícia, ela percebe que pouco será feito. Decide, então, tomar as rédeas da investigação, deixando de lado o marido meio pamonha, Eustáquio (Dudu Sandroni), militar reformado, e o outro filho, Silvio (Fiuk), cuja vida se resume a fumar maconha.
No outro núcleo da trama encontram-se o investigador particular J. Rui, interpretado pelo nada expressivo ator Augusto Madeira, que investe em um caso com a secretária da delegacia, Madá, a bela mas antipática Carolina Dieckmann, que também é cobiçada pelo delegado corrupto, Stepan Nercessian.
O diretor é bem esforçado, cede espaço para os atores explorarem o potencial cômico de seus personagens, mas essa liberdade só funciona com quem tem talento, é a situação de Lília Cabral.
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