Diretor brasileiro José Padilha encarregado de dirigir a refilmagem de "Robocop", faz filme com tensão mas desprovido de qualquer personalidade, o que reflete a mão do diretor,
O remake de "Robocop" é uma das estreias em Hollywood mais aguardadas. O premiado diretor brasileiro José Padilha, vencedor do Urso de Ouro em Berlim em 2008 por "Tropa de Elite", confirma suas qualidades e continua com os defeitos habituais. Ou seja, ele não tem mão pesada para impor a violência necessária de um filme hollywoodiano como "Robocop". Falta energia e não escapa do maniqueísmo.
O sonho da Omnicorp é usar estes robôs dentro dos EUA, mas é impedida por leis e senadores preocupados com a falta de limites e sentimentos das máquinas. Uma brecha surge quando o empresário Raymond Sellars (Michael Keaton) dobra os pruridos éticos do médico Dennett Norton (Gary Oldman), convencendo-o a transformar um policial quase morto numa explosão, Alex Murphy (Joel Kinnaman), num ciborgue.
Com montagem rápida (do também brasileiro Daniel Rezende e de Peter McNutty) e muito barulho, por seus seguidos tiroteios, o filme derrapa toda vez que tenta aprofundar algum aspecto ético de suas situações. A grande questão, se Alex/Robocop ainda é humano, é tratada de maneira um tanto vaga, com o doutor Dennett abrindo mão um pouco rápido demais de suas preocupações morais. Michael Keaton, está vários muito a acima na interpretação do vilão, o empresário sem escrúpulos.
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