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segunda-feira, 13 de maio de 2013

A saga do rapper James, alforriado

Condenado injustamente, um Rapper de Diadema ganha alforria no Dia da libertação dos Escravos

Localidade onde James mora
Condenado injustamente, James, rapper de Diadema ganha alforria no Dia da Libertação dos Escravos

SÃO PAULO (SP) BRASIL - Ser preto e pobre e ainda cantar rap no Brasil é mais arriscado do que andar na London Eye sem cinto de segurança. Há dez anos James, um rapper de Diadema, São Paulo, sentiu isso na pele. Ele chegava em casa com mais quatro amigos quando foi abordado pela polícia, e mesmo sem antecedentes criminais James foi levado a uma delegacia. Lá, ele foi fotografado e teve sua foto colocada no álbum de suspeitos, e em seguida liberado.

Enquanto isso, nas escadarias do mesmo bairro onde mora acontecia um assalto, e mais uma vez James foi detido e reconhecido pela assaltada como autor. O rapper foi condenado. Durante sua prisão fez a composição "2 enquadros em 2 horas" que pretende gravar em breve. Ao ser posto em liberdade começou outra longa batalha para provar sua inocência. Para isso recorreu ao Supremo Tribunal Federal. James foi inocentado em São Paulo, mas em seu caminho tinha um promotor racista, que recorreu da decisão por ter certeza da culpa do rapper.

Há seis anos ele acionou o Estado onde além de indenização solicitava também que o Estado lhe pedisse desculpa formal. O Estado de São Paulo resistiu até hoje, dia da Abolição dos Escravos, e através da Secretaria de Segurança Pública, emitiu um pedido de desculpa.

O rapper tem letras bem ácidas sobre área social e a truculência das polícias do Estado Paulista. Agora, de alma lavada, ele quer dar sequência em sua carreira, haja vista que sua prisão aconteceu exatamente no momento em que começava a aparecer em programas de televisão.

Segundo os advogados criminalistas, o crime cometido pela polícia paulista é muito comum ainda mais quando o cidadão é um negro ou nordestino. Mas, qualquer pessoa sem antecedentes criminais ao ser levado à delegacia trata-se de das maiores violências contra a pessoa. (AgênciaFM).

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