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domingo, 10 de março de 2013

Leny Andrade: cobertura AgênciaFM


Leny Andrade não é a cantora que pensa que é. Ela é muito melhor. Está muito além de suas colegas, isso não se pode negar. A cantora mostrou isto em um espaço totalmente sem estrutura acústica, beirando ao mequetrefe, em suposto centro cultural na Praça da Sé, 111. 


SÃO PAULO (SP) BRASIL - A carioca Leny Andrade trouxe seu show "70 Anos de Pura Bossa", a São Paulo, onde tem uma carreira bem sólida, e mostrou que é boa cantora o suficiente para merecer uma comemoração especial de seus 70 anos de muito jazz-bossa. Nascida no bairro do Meyer, Rio de Janeiro, foi a única mulher a integrar a prestigiosa orquestra de Dick Farney nos anos 60, onde pode aperfeiçoar a apurada técnica vocal. A intérprete apresentou um repertório sem risco, ou seja,  para gregos e troianos, onde cantou mestres como Tom Jobim,  Evaldo Gouveia e Jair Amorim e Cartola. 

Não espere novidade em seu repertório como algo inédito, ela parte sempre de um porto seguro - de canções imortalizadas -, onde dá uma interpretação muito pessoal, quase se apossando da obra musical. Foi isso o que a plateia de mais de cem pessoas (em cada audiência) assistiram nas quatro apresentações nos dias ( 7, 8, 9 e 10 ), em composições como "O Mundo é um Moinho", Corra e olhe o Céu" (Cartola), Garota de Ipanema (Tom Jobim) entre outras pérolas do cancioneiro popular. 

Com um registro vocal muito agradável ela coloca a voz como bem entende além do vocalize, uma marca registrada da cantora. 
Acompanhada de um formidável quarteto formado por bateria, saxofone, piano e o mestre Jamil Joanes no baixo, a diva de 1,48m, agiganta-se a estatura de uma pivô do basquete russo quando o assunto pisa no palco. Portanto, quem viu, viu. Quem não viu perdeu uma das audiências mais espetaculares, mesmo  em um espaço sem qualidade de acústica, onde os empregados do pseudo centro cultural querem chamar mais atenção para si do que o próprio artista. Mas, o ponto pacífico é que: na voz de Leny Andrade até composições bregas de Evaldo Gouveia tornam-se cult. (Francisco Martins\ Igor Duarte). 

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