Páginas

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Barbara, a Dama de Negro

A canção que ajudou França e Alemanha a fazer as pazes. Para muitos, Goettingen, hoje praticamente desconhecida, teve esse poder.
A cantora Barbara (Getty Images)

A reconciliação entre França e Alemanha após a Segunda Guerra Mundial foi oficializada por um tratado assinado em 1963. Muitos acreditam, no entanto, que uma canção gravada no ano seguinte foi tão importante quanto o documento para 'quebrar o gelo' entre as duas nações.

Na letra, Barbara cantava para "Herman, Peter, Helga e Hans". Quem seriam? O ouvinte se pergunta. Seus amigos? Seus amantes? No teatro Goettingen, onde Barbara fez shows, a canção conquistou o coração da plateia alemã. Assim, a música virou sucesso. Seu sucesso não era o bastante para  ele, uma pessoa triste. E tinha razões para se sentir triste. Sofreu abuso sexual por parte do pai e passou grande parte da guerra fugindo dos nazistas.

No final da guerra, voltou para Paris e foi estudar canto e piano no Paris Conservatoire. Mas sua paixão era o cabaré e o trabalho de artistas como Edith Piaf e Jacques Brel. Sua carreira estourou no início da década de 60, com o show "Barbara chante Barbara" (Barbara canta Barbara).

Perfil
Nascida Monique Serf, em Paris, em 1930, segunda filha de um vendedor de peles judeu. A família teve de se mudar várias vezes durante a ocupação alemã. Em uma ocasião, fugiram às pressas, após uma denúncia
Barbara estudou música em Paris e depois se mudou para Bruxelas, onde cantou pela primeira vez usando o nome de sua avó. Sempre vestida de negro, fez grande sucesso nas décadas de 60 e 70. Também atuava e dirigia. Fez campanhas sobre o vírus HIV. Sua morte, em 1997, com  grande repercussão na França

Nenhum comentário: