Galina Vishnevskaya, diva de ópera russa cuja voz fascinou o compositor Benjamin Britten morreu aos 86 anos, anunciou seu teatro nesta terça-feira,11.
Ainda adolescente Vishnevskaya ganhou destaque logo após a Segunda Guerra Mundial e nos anos 1960 se tornou uma sensação internacional da ópera, se apresentando nos principais teatros do mundo. Seu talento era algo muito fascinante que, o compositor britânico Britten escreveu a parte de soprano de sua obra "War Requiem" especialmente para ela. Já o magnifico compositor russo Dmitri Shostakovich a escolheu para uma nova versão de sua ópera "Lady Macbeth of Mtsensk". "Vishnevskaya foi uma porta-bandeira da cultura russa, uma cantora do mais alto nível", disse o tenor georgiano Zurab Sotkilava ao jornal Kommersant.
Nascida na cidade soviética então conhecida como Leningrado, atualmente São Petersburgo, teve uma vida quase tão dramática quanto alguns dos personagens que interpretou nos palcos. Galina Vishnevskaya subiu ao palco quando aos 18 anos. A apartir dai encantou o público como uma das principais solistas do prestigiado teatro Bolshoi de Moscou, que fez um minuto de silêncio em sua memória antes da apresentação desta terça-feira,11 da ópera "Turandot".
Autoridades soviéticas forçaram a cantora e seu marido Rostropovich a deixar o país em 1974 por apoiar o dissidente Alexander Solzhenitsyn, vencedor do prêmio Nobel de Literatura. Durante morou nos Estados Unidos (USA) se apresentou e dirigiu óperas nos Estados Unidos e na França até 1982. Escreveu sua autobiografia "Galina", onde criticava as autoridades soviéticas. No ano de 1984 retorna para terra natal, à Rússia.
No palco, encenou óperas clássicas como "Aida", de Giuseppe Verdi, "Eugene Onegin", de Tchaikovsky, assim como "Tosca", de Giacomo Puccini, e "Madame Butterfly". Galina abriu o seu próprio centro de ópera em Moscou, em 2002, e desde então dedicou-se a treinar artistas internacionais. Até sua morte permaneceu como diretora artística.
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