Renda sobe mas América Latina está longe de ser de ‘classe média’, diz Banco Mundial. Classe média da América Latina cresceu 50%, mas região carece de avanços em áreas importantes.
Na última década, o aumento da renda média na América Latina fez crescer, consequentemente, a classe média da região, que teve expansão de 50% e hoje representa 30% da população, segundo relatório divulgado nesta terça-feira pelo Banco Mundial. Mas os especialistas do banco alertam que, apesar de a América Latina já ser uma região de renda média, ela ainda está longe de ser uma região de classe média tradicional, pois muitos avanços ainda precisam ser feitos em saúde pública, ensino e segurança.
Boom brasileiro opõe classes médias tradicional e emergente, diz ‘FT’. "Alguns países investem mais em ensino superior gratuito para estudantes bens de vida do que em saúde pública", disse Jim Yong Kim, presidente do Banco Mundial, em uma entrevista coletiva para divulgar o estudo Economic Mobility and the Rise of the Latin American Middle Class (Mobilidade Econômica e a Ascensão da Classe Média Americana, em tradução livre). A tendência é resultado do crescimento econômico e da criação de empregos na América Latina nos últimos 15 anos, que depois de décadas de estagnação viu sua classe média rapidamente disparar de 103 milhões de pessoas, em 2003, a 152 milhões, em 2009.
Para fins do estudo, foram consideradas como de classe média pessoas com renda de pelo menos US$ 10 por dia ou o equivalente a uma renda anual mínima de US$ 14 mil para uma família com quatro membros. Essas pessoas, embora não sejam ricas, gozam de segurança econômica e têm uma probabilidade de menos de 10% de caírem na pobreza. De acordo com os autores do estudo, a mobilidade econômica positiva, ou ascensão social, resultou da combinação de boas políticas sociais, condições internacionais favoráveis, alta demanda por commodities e baixas taxas de juros. Mas para que essa tendência seja mantida é preciso que a região implemente reformas de políticas nos setores de emprego, impostos e previdência social. Segundo estudo, desde 1985, 46% das pessoas consideradas vulneráveis (indivíduos com renda entre US$ 4 e US$ 10 por dia) passaram a ser classe média. (AgênciaFM \ www.bbc.com) .
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