Apesar de sua vocação de metrópole, a cidade de São Paulo está longe de ser uma capital inglesa em sua liberdade, respeito, convivência civilizada. São Paulo é uma das mais inconstantes em programas culturais. A Rua do Samba, uma das mais legítimas manifestações culturais que a cidade deveria mantê-la, prefere ignorá-la. Fica aguardando a ausência de espetáculos para poder entrar em cena. Isso tem nome: tapa buraco, é isso o que está acontecendo com o projeto Rua do Samba e a respectiva falta de respeito por seus integrantes.
Dinheiro nunca foi problema para esta cidade, sempre foi a solução. O que impera é a falta de boa vontade dos administradores para projetos populares. Milhões saem voando de heliporto todas às tardes do jardim de inverno do prédio da prefeitura. E também, já se foi o tempo em que São Paulo não gozava de um respaldo no quesito samba. Jorge Costa, Geraldo Filme e Adoniran Barbosa homenageado, cujo coro puxado pelo cantor De Caçula, nem mesmo João Rubinato (Adoniran Barbosa) ouviu durante sua longeva carreira. Isso mostra que o povo quer samba.
Tem que parar de enrolar; Por que não encerrar o projeto Piano na Praça, que em raríssima ocasião o convidado tem como essência o piano, que dá nome ao projeto. O piano na praça consome perto de R$ 200.000,00 a cada apresentação para 50 \60 pessoas. Este Rua do Samba, de 24\11, tinha mais de 1.200 pessoas no Vale do Anhangabaú. É a voz do povo. Claro, a voz do povo só vale na época das eleições.
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