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domingo, 7 de outubro de 2012

Mordomo pega 18 anos de prisão

Paolo gabriele ex-mordomo do papa é julgado no Vaticano por roubar segredos é condenado a 18 anos de prisão. Porém, Sentença de mordomo não coloca fim a escândalo papal

Paolo Gabriele


A condenção de Paolo Gabriele, pode são ser o fim, mas o início de uma história complexa de traição e descontentamento no coração da Igreja Católica. Centenas de documentos secretos furtados do escritório do papa vazaram para a imprensa italiana e foram retratados em um livro que se tornou bestseller no início de 2012.

Bento XVI  conseguiu que o caso Paolo Gabriele fosse finalizado horas antes do início de um dos eventos mais importantes do ano para o Vaticano, neste domingo. Ele convocou um sínodo de três semanas. Nele, bispos do mundo todo foram convocados para discutir formas de difundir o que a Santa Sé chama de forma otimista de "a nova evangelização".  Esse é o código de um esforço massivo da Igreja Católica para conter a difusão do secularismo em países - particularmente na Europa - que se proclamam católicos, mas cuja audiências nas missas de domingo cai cada vez mais.

A edição de domingo do jornal do Vaticano Osservatore Romano, previsivelmente publicou apenas uma pequena reportagem sobre o julgamento do mordomo no pé de sua última página.  Em teoria, segundo um tratado assinado pela Santa Sé e a Itália em 1929, pessoas condenadas por crimes cometidos no território do Vaticano cumprem suas sentenças em cadeias italianas pois não há instalações penitenciárias na Cidade do Vaticano. Mas se Gabriele, um cidadão do Vaticano, fosse transferido para uma cadeia na Itália, ele poderia ser exposto a ofertas lucraticas para revelar detalhes do que presenciou enquanto estava a serviço do papa. O advogado do ex-mordomo afirmou que ele não pretende recorrer da decisão judicial e está pronto para cumprir sua sentença em prisão domiciliar em seu apartamento na Cidade do Vaticano.

Mais julgamento

Em aproximadamente um mês, a Justiça do Vaticano deve analisar o caso de Claudio Sciarpelletti, um técnico de computadores que trabalhou para a Secretaria de Estado do Vaticano. Ele foi originalmente acusado de ser cúmplice de Gabriele no roubo de documentos, mas a Justiça do Vaticano decidiu julgá-lo separadamente. A Promotoria está considerando fazer acusações ainda mais sérias contra Gabriele e Sciarpelletti - incluindo violação de segredos de Estado e ataque à segurança do Estado. As penas para esses crimes é mais severa que a de roubo. (AgênciaFM com agências internacionais)

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