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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Sexo na terceira idade em debate

Documentário sobre duas prostitutas sexagenárias exibido na Holanda abriu um debate sobre o sexo na terceira idade e a dura realidade da profissão.

"Meet the Fokkens" ("Conheça as Fokkens", tradução livre), um trocadilho sexual em inglês, conta a história das gêmeas Louise e Martine Fokkens, que há mais de 50 anos vendem o corpo no chamado distrito da luz vermelha, em Amsterdã.

Pôsteres tentam profissionalizar imagem de prostitutas na IrlandaSuvenires que mostram lado marginal de Barcelona causam polêmicaCidade alemã instala parquímetro para cobrar imposto de prostitutas. Em um caso de sucesso, elas conseguiram se tornar independentes dos cafetões e fundaram sua própria casa de prostituição. Além disso, criaram em caráter informal a primeira entidade profissional para prostitutas.

O filme, co-dirigido por Rob Schroder e Gabrielle Provaas, leva o espectador a partes de Amsterdã ligadas às memórias das irmãs. Martina e Louise aparecem em cenas comprando vibradores como se faz a compra de supermercado, discutindo prós e contras de cada produto. Nas palavras da organização do 24º Festival Internacional de Cinema de Amsterdã, onde foi exibida pela primeira vez, a obra está "repleta de detalhes picantes sobre clientes às vezes inesperados, como um padre".


Gerando polêmica

Desde a estreia, o filme se tornou o documentário mais visto nos cinemas holandeses e ganhou adaptação para o teatro. Segundo os organizadores, um livro baseado no filme já vendeu 20 mil cópias. Gêmeas se livraram de cafetões e trabalharam por direitos da categoria Em holandês, o filme tem como título Ouwehoeren, uma palavra do dialeto de Amsterdã que pode tanto denotar prostitutas velhas quanto falar muito. Apesar da atitude das irmãs, a própria participação delas no filme expõe uma dura realidade da prostituição. Para ambas, Meet the Fokkens pode ser uma oportunidade de ganhar um trocado para o pé de meia.

Enquanto Louise deixou a profissão há dois anos, Martine continua vendendo o corpo. "Ela precisa do dinheiro. Não dá para viver da pensão do Estado", diz Louise sobre a irmã. Embora o mercado de documentários não seja particularmente lucrativo, as irmãs estão paralelamente escrevendo um livro de memórias que, esperam, vá contribuir com a poupança do futuro. (Francisco Martins / http://www.bbc.co.uk/ ).

Um comentário:

Anônimo disse...

Não sei porque debate pra isto, é uma profissão como outra qualquer.
Parabéns por não ser puritano e trazer assuntos assim.

Deolinda Monteiro - Carmo do Rio Claro -Brasil