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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Mitos e histórias nas moedas de euros

Saiba um pouco sobre os mitos e histórias contados pelas moedas de euros. Não somente foi histórica a criação da primeira união monetária da Europa, mais histórias são contadas nas moedas cunhadas.



No século 5 antes de Cristo, em Atenas, uma democracia (a primeira do mundo segundo os gregos), Atenas era também um império controlador e explorador de muitos outros Estados na região do Mediterrâneo. Por volta do ano 440 antes de Cristo, os atenienses decidiram obrigar todos esses povos a se livrarem de suas moedas. As mesmas traziam símbolos nacionais próprios, e a adotar as "corujas" atenienses em seu lugar. As regras, pelo que se lê nos dias atuais, eram bastante rigorosas, envolviam, além da moeda, a adoção da unidade ateniense de pesos e medidas.

Todos os países do império eram obrigados a trazer suas moedas para ser trocadas em Atenas, sendo que uma boa parte do dinheiro era embolsada pelo tesouro de Atenas, e tal desobediência era punida com perda de cidadania ou até pena de morte. Muitos historiadores da época moderna ainda quebram a cabeça para entender o que de fato estaria acontecendo ali. Será que o objetivo dos atenienses era simplesmente fazer lucro? Ou será que os Estados do império tinham interesse em pertencer à zona de Atenas?

Mas qualquer que seja a interpretação, é difícil resistir à conclusão de que os imperialistas atenienses estavam usando a união monetária para demonstrar seu poder político - e é difícil não imaginar que a hora da vingança finalmente chegou, 25 séculos mais tarde. Mas, antes que os britânicos achem graça das escolhas infelizes de símbolos que adornam as moedas de euro gregas, devem ficar atentos às suas próprias escolhas.

Vistos de permanência limitada emitidos para pessoas que visitam a Grã-Bretanha são decorados, no topo, à esquerda, com as estrelas da UE e - o Ministério do Interior acaba de confirmar - aquele mesmo touro. A vítima feminina desapareceu, apenas o estuprador garante ao estrangeiro o direito de viver na Grã-Bretanha. Francisco Martins - ** Agradecimentos: - Mary Beard, professora de Literatura Classica na University of Cambridge.

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