Ícone da MPB comemora 70 anos em plena forma vocal e segue com turnê de seu recente lançamento, um toltal de 34 discos; 10 dvds; 22 turnês.
Dono de uma voz inigualável e de uma incrível presença de palco, Ney Matogrosso consagrou-se como um dos artistas mais completos e importantes da música brasileira. Em sua carreira de quase 40 anos, sempre se destacou pelo imprevisível, pela experimentação e pela ousadia. Hoje, aos 70 anos, Ney permanece com sua irretocável vitalidade e versatilidade em cada trabalho que faz. Multifacetado, Ney saiu da pequena cidade de Bela Vista, no Mato Grosso do Sul, para ser cantor, intérprete e ator, além de já ter assumido as luzes e a direção de shows e teatros, entre outros projetos. Sua trajetória soma mais de 34 discos; 10 dvds; 22 turnês; 13 atuações em filmes e teatros; 44 músicas em novelas, mini-séries, seriados e especiais infantis na TV; e 14 trilhas sonoras e músicas-tema para o cinema e peças de teatro.
Sua estreia na música aconteceu com Secos & Molhados, um fenômeno da música popular brasileira nos anos 70 que fez ruir regras comportamentais. Após o fim da banda, com a mesma atitude, Ney deu início à bem sucedida carreira solo, na qual contrastava com aquela época de censura e preconceito e levantava polêmicas. Da maquiagem marcante, roupas e requebros de Água Do Céu-Pássaro, a um visual simples e despojado, como em Bandido, Ney alcançou o sucesso nacional como artista solo com a música Bandido Corazón, presente da amiga Rita Lee. No decorrer da carreira, Ney aperfeiçoou-se como intérprete, transformando-se em um dos mais precisos de Chico Buarque em músicas como Deixa a Menina, Tanto Amar, Até o Fim e Las Muchachas de Copacabana. E subiu ao palco pela primeira vez sem qualquer máscara ou fantasia em 1986 com A Luz do Solo.
Ator /Iluminador
Ney desenvolveu projetos em outras áreas, como ator de cinema - em Sonho de Valsa, longa de Ana Carolina, e Caramujo Flor, curta de Joel Pizzini -, e dirigiu peças de teatro e shows (Cazuza, RPM, Simone). Ele também foi responsável pela iluminação de turnês de Nana Caymmi, Nelson Gonçalves e Chico Buarque, além da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Este ano, dirige a peça teatral Dentro da Noite, que está em cartaz em São Paulo. Ney também é protagonista do filme Luz nas Trevas - A Volta do Bandido da Luz Vermelha, esperado para 2012.
Anos 90
Da década de 90 para cá, foram incontáveis trabalhos realizados. Em 2007, o estilo mais comportado foi deixado de lado e, com novo visual, inspirado em seus modelos mais extravagantes, Ney lançou Inclassificáveis, pela EMI Music Brasil, com direção musical de Emílio Carrera, ex-integrante do Secos e Molhados. O repertório contou com grandes sucessos, por exemplo, de Cazuza e composições novas, que trouxeram de volta a performance rock ‘n roll do artista. Com figurino de Ocimar Versolato, brilhos e adereços, o espetáculo foi uma volta ao Ney exótico, ‘pavão misterioso’, e, mais tarde, virou DVD.
Em 2009, Ney lançou Beijo Bandido, também pela EMI. Quase um contraponto a ‘pegada’ roqueira do projeto anterior, Beijo Bandido mergulhou em uma atmosfera de recital, quase camerística. Sob direção musical de Leandro Braga, que o acompanha ao piano e assina os arranjos. No repertório, algumas canções que fizeram parte de roteiros de shows antigos; outras, que havia gravado em projetos com formações bem distintas da atual, além de algumas escolhas particulares, como Medo de amar e Bicho de sete cabeças. O projeto ainda rendeu CD e DVD ao vivo, gravado em outubro de 2010 no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
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