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sábado, 24 de julho de 2010

Metrópole Brasil: invadiu sua praia

Ninguém brilhou mais no universo estelar da música contemporânea do que Caetano Veloso. Importante como poeta, compositor e de importância fundamental para cultura brasileira. Ele tem o dom da inovação. Foi assim com a Tropicália, idealizado por ele e assumido por uma constelação como Gal Costa, Maria Bethânia, Torquato Neto, Capinan, Gilberto Gil, Tom Zé e Rogério Duprat. O próprio Caetano se definiu como um membro da segunda geração. Desde sua canção "Tropicália", 1968, a Música Popular Brasileira jamais seria a mesma. Ou seja, ele cantou um Brasil que se esperneava em busca de identidade; a ditadura militar.

Chegou a terceira geração da MPB

Também em forma de movimento musical, engajados pela boa músca eis que surge o Metrópole Brasil, idealizado por Carlinhos Freire e encampado por Joab Morais e Aloysio Letra. Apesar de não ter conotação Tropicalista, em apresentações solos, seus integrantes apresentam uma diversidade musical bem mais acessível e dinâmica do que a Tropicália. Enquanto a mente dos integrantes da Tropicália convergiam na mesma direção, a dos integrantes do MB ousam mais ao abrir o leque de opções culturais como poesia, artes plásticas e performances. Entretanto, fica bem explicita a homenagem do movimento Metrópole Brasil aos ícones da Tropicália. Haja vista o local escolhido para iniciar o movimento cultural, a Galeria Metrópole, região central de São Paulo onde os novos baianos podiam curtir numa boa.

Identidade própria

A terceira geração da MPB, os integrantes do Metrópole Brasil, Aloysio Letra (paulistano), Carlinhos Freire e Joab Morais (baianos) cantam a favor da não ditadura por parte de algumas medias que impõem certos 'estilos' que nada tem a ver com a rica cultura musical do país.

São artistas autorais que dão as composições suas marcas, dando uma amostragem do alcance poético de épocas diferentes. Principalmente, quando o assunto é realçar o conteúdo, tanto da antiga, quanto da MPB contemporânea. Canções como "Cultura", “Metrópole” (Carlinhos Freire), "Esfaqueando o Próprio Estômago" (Aloysio Letra) e "Tom do Brasil" (Joab Morais), que mexem com estruturas como crítica social, aglomerado de cimento paulista e experiências pessoais. A primeira temporada na Galeria Metrópole, de 6 de março a 22 de maio de 2010, eles já mostraram porque vieram e ao que vieram. (Francisco Martins)
(Foto: Carlinhos Freire e Joab por Antônio Bandecchi)
(Foto: Aloysio letra: Rochinha / AgênciaFM)

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