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segunda-feira, 1 de março de 2010

"Mamonas Assassinas" 14 anos sem suas bobagens



Para alguns morrer pode ser muito bom pois perpetua o nome na história, mesmo que a obra não seja lá grande coisa. É o caso de Mamonas Assassinas. De vez em quando a verdade precisa ser dita.

Oscar Wilde disse certa vez " The True is like a surgery, it hurt but cure" {A verdade é como uma cirurgia machuca mas cura}. Isso é para se dizer que, para alguns morrer é muito melhor do que estar vivo. Isso se aplica não somente ao grupo Mamonas Assassinas, mortos em um acidente aéreo em 2 de março de 1996. Sem nenhuma dúvida, tanto eles quanto seus parentes foram favorecidos com este indesejável acidente. Não se está aqui dizendo que tiram proveitos diretamente da situação, mas de algum modo todo mundo que tem um parente nessa situação, de Elvis Presley a Michael Jackson -, recebe os dividendos. Ainda mais quando a mídia e apresentadores brasileiros apresentam comportamento muito além da prostituição. Isso faz com que os integrantes do grupo Mamonas Assassinas sejam relembrados, endeusados até agora, durante o 14* aniversário de falecimento. Para tentar justificar as homenagens recorrem aos dois milhões de discos vendidos em sete meses. Só para comparar, Britney Spears vendeu 15 milhões do primeiro disco em menos de um ano. Voltemos ao assunto em pauta.
Falando musicalmente, o que eles fizeram não passa de lixo, poluição sonora. Observando sobre a ótica da diversão, entretenimento e alegria: foram geniais. Foram honestos; mas não passa disso. Palhaços verdadeiros fazem a alegria de muitos e ao morrer se quer são citados no necrológico dos jornais. É ai que entra o tema: "Morrer para alguns é melhor": Eles alcançaram o sucesso mas gastaram todos os cartuchos no único disquinho e, nem mesmo o mais otimista dos fãs seria capaz de acreditar de algo semelhante fosse repetido. O resultado disso seria, o ostracismo como muitos cantores e compositores brasileiros que encontram-se mortos-vivos. Não cantam, não tocam em nenhum lugar. Este seria sim, o fim dos Mamonas Assassinas. As bobagens das letras aliadas a uma suposta ingenuidade e gestual baixo - mas utilizado pela maioria população no dia a dia -, não durariam para sempre. Entretanto, com o falecimento, os jovens integrantes entraram para história daqueles que encaram a música como um passatempo; como algo sem responsabilidade social e cultural; como uma coisa sem influência na formação de uma população.
Os bons estão fora
Os grandes intérpretes e compositores não são merecedores de nenhuma citação na data de seus falecimentos como Noel Rosa, Assis Valente, Jorge Costa, Monsueto, Mirabeau, Nelson Cavaquinho, Orlando Silva, Moacyr Santos, Carlos de Campos e Francisco Alves entre outros. Por que não há interesse por parte das emissoras em apresentar ao público nomes que realmente fazem parte da história da música brasileira: será por que as respectivas gravadoras se recusam compartilhar jabá, moeda corrente nas emissora de rádio e TV do País? É uma imoralidade só. Manter um povo sem conhecer sua própria história e qualidade musical parece ser conveniente para alguém!

3 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns, poucos tem coragem de falar cerdades sobre supostos ídolos brasileiros, enquanto os verdadeiros estão sempre à margem do esquecimento. Hildo Brandão.

Anônimo disse...

Falou bem Agência FM, como diversão foram bem bacanas. Como som, uma porcaria mesmo. Marcela.

Anônimo disse...

Estou com vocês e não abro. Milton Barbosa