A exposição tem como base o produto no qual Rodin não acreditava, a fotografia. Mas, também reúne 22 esculturas do artista, sendo que algumas delas jamais exibidas fora da França.
O artista plástico francês Auguste Rodin (1840-1917) não era um entusiasta da fotografia e dizia "O artista é que é verdadeiro, a fotografia é mentirosa". Porém, poucos criadores fizeram uso tão intenso das possibilidades fotográficas do que justamente Rodin, e parte do vasto material gerado a partir do trabalho de diversos fotógrafos em seu ateliê é o foco maior da exposição na Casa Fiat de Cultura.
Estima-se que, ao longo de 40 anos, foram produzidas 7.000 imagens encomendadas por Rodin a quem se dispusesse a acompanhá-lo no cotidiano artístico. "Ele próprio nunca fotografou, mas teve relações muito próximas com quem trabalhou junto dele", diz a francesa Hélène Pinet, uma das curadoras da exposição e responsável pelo acervo fotográfico do Museu Rodin, em Paris - junto a ela, trabalhou Dominique Viéville, diretor da instituição. "As primeiras series eram de registros pessoais. Rodin as transmitia a gravadores, que iriam utilizá-las em jornais para divulgar o que fazia."
A mostra reúne 194 fotografias originais, datadas entre 1880 e 1917, de nomes pouco reverenciados - Edward Steichen, Alvin L. Coburn, Jean Limet, Stephen Haweis, Henry Coles, que retrataram desde moldes de futuras esculturas (várias dessas fotos são contornadas à mão pelo próprio Rodin, de forma a dar mais intensidade à imagem) até objetos de trabalho, como ferramentas, aquecedores e panos. "Era mistura de fotografia, pintura e escultura", afirma Hélène. Essas fotos estão sendo mostradas no Brasil pela primeira vez. Em seguida, retorna à França para serem armazenadas numa reserva técnica por cinco anos, sem qualquer possibilidade de saírem de lá. "Ele considerou a fotografia como testemunho visual, tão verídico quanto a visão direta que se podia ter das reais condições de elaboração da obra", escreve Dominique Viéville no catálogo da exposição.
Há inclusive imagens de Rodin em pessoa, quase sempre, e vaidosamente, posando para a câmera - a mais impressionante é uma de Edward Steichen, com o francês de frente à sua notória escultura "O Pensador": a luz transforma criador e criação em grandes silhuetas sombreadas; ao fundo, bem iluminado, um retrato do escritor o também francês Victor Hugo. {Foto: United Photo Press}
O artista plástico francês Auguste Rodin (1840-1917) não era um entusiasta da fotografia e dizia "O artista é que é verdadeiro, a fotografia é mentirosa". Porém, poucos criadores fizeram uso tão intenso das possibilidades fotográficas do que justamente Rodin, e parte do vasto material gerado a partir do trabalho de diversos fotógrafos em seu ateliê é o foco maior da exposição na Casa Fiat de Cultura.
Estima-se que, ao longo de 40 anos, foram produzidas 7.000 imagens encomendadas por Rodin a quem se dispusesse a acompanhá-lo no cotidiano artístico. "Ele próprio nunca fotografou, mas teve relações muito próximas com quem trabalhou junto dele", diz a francesa Hélène Pinet, uma das curadoras da exposição e responsável pelo acervo fotográfico do Museu Rodin, em Paris - junto a ela, trabalhou Dominique Viéville, diretor da instituição. "As primeiras series eram de registros pessoais. Rodin as transmitia a gravadores, que iriam utilizá-las em jornais para divulgar o que fazia."
A mostra reúne 194 fotografias originais, datadas entre 1880 e 1917, de nomes pouco reverenciados - Edward Steichen, Alvin L. Coburn, Jean Limet, Stephen Haweis, Henry Coles, que retrataram desde moldes de futuras esculturas (várias dessas fotos são contornadas à mão pelo próprio Rodin, de forma a dar mais intensidade à imagem) até objetos de trabalho, como ferramentas, aquecedores e panos. "Era mistura de fotografia, pintura e escultura", afirma Hélène. Essas fotos estão sendo mostradas no Brasil pela primeira vez. Em seguida, retorna à França para serem armazenadas numa reserva técnica por cinco anos, sem qualquer possibilidade de saírem de lá. "Ele considerou a fotografia como testemunho visual, tão verídico quanto a visão direta que se podia ter das reais condições de elaboração da obra", escreve Dominique Viéville no catálogo da exposição.
Há inclusive imagens de Rodin em pessoa, quase sempre, e vaidosamente, posando para a câmera - a mais impressionante é uma de Edward Steichen, com o francês de frente à sua notória escultura "O Pensador": a luz transforma criador e criação em grandes silhuetas sombreadas; ao fundo, bem iluminado, um retrato do escritor o também francês Victor Hugo. {Foto: United Photo Press}
Auguste Rodin
Casa de Cultura Fiat
Rua jornalista Djalma de Andrade,1.250
Nova Lima - grande Belo Horizonte
Até o dia 13 de outubro
{31} 3289-8900
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