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sexta-feira, 26 de junho de 2009

Cerâmica Marajoara

Peças acromáticas ou pigmentada por caulim urucum e até - tapa-sexo feitos em barro eram confeccionados pelos Marajó



O legado marajoara é inspiração para artesãos do Brasil e América Latina. Mais do que uma forma de artesanato, a cerâmica marajoara é uma das melhores heranças dos índios que habitaram a região. Seus desenhos diversos, a utilização da semente do urucum para dar o tom avermelhado das peças, cuja técnica é pesquisada por artesãos tanto do Brasil quanto do exterior. Durante escavações na ilha foram encontrados resquícios de peças que datam de 890 a. Cristo e as mais recentes do século XVIII. A maior parte do acervo marajoara se encontra no Museu de Marajó, localizado na Cachoeira de Ariri, no Pará, 70 quilômetros distante de Salvaterra {91-3741-1202}. O museu é uma fonte de pesquisa tanto para estudantes quanto para artesãos em busca de um trabalho original igualmente as peças expostas.

Durabilidade

Visando aumentar a resistência do barro os Marajós agregavam outras substâncias minerais ou vegetais: cinzas de cascas de árvores e de ossos, pó de pedra e concha e o cauixi-uma esponja silicosa - que recobre a raiz de árvores permanentemente submersas. As peças eram acromáticas, sem uso de cor na decoração somente a tonalidade do barro queimado, e cromáticas. A coloração era obtida com o uso de engobes, barro em estado líquido e pigmentos de origem vegetal como urucum para o tom vermelho, para o branco o caulim, e para o preto o jenipapo, além da fuligem e do carvão. As peças eram queimadas em forno de buraco ou em fogueira a céu aberto. Então, receberia uma espécie de verniz obtido do breu do jutaí, uma espécie de resina que propicia um acabamento lustroso.

Museu do Marajó
Avenida do Museu, 1983
{0xx91 /3758-1102}

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