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quarta-feira, 13 de maio de 2009

Orlando Teruz:

As obras do artista plástico não tem a mesma valorização de seus contemporâneos, mas foi muito fiel ao seu trabalho: aprendeu para depois aplicar.


O pintor Orlando Teruz nasceu no Rio de Janeiro em 1902, e aos 18 anos ingressou na na Escola Nacional de Belas-Artes,onde teve como um de seus mestres, Rodolfo Chambeland e Batista da Costa. No anos de 1924 participou do Salão de Belas Artes conquistando a menção honrosa. Nos anos de 1925 e 1926 conquistou as medalhas de prata e bronze respectivamente. Em 1931, ele e outros pintores com orientação moderna, participou como expositor do Salão Revolucionário, organizado por Lúcio Costa. Já em 1937 e 1942, mais prêmios: duas viagens, sendo uma para Europa e a outra pelo Brasil. Participou de várias exposições individuais e coletivas em Montevidéu e Buenos Aires,1945 e em Londres, 1944 e no Vaticano em 1958.

Teruz no mundo

No Brasil e se destacou em mostras realizadas em cidades como Rio de Janeiro, Fortaleza, São Paulo, Belo Horizonte, Recife. Suas obras, apesar de não muito valiosas, encontram-se em vários museus como o Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, de Museu de Artes de São Paulo, o Hermitage em São Petesburgo, Copenhague, o Carlsberg e no Vaticano. Durante sua carreira, mais de 60 anos, pintou quase 8 mil telas, issas catalogadas, mas estima-se que tenha chegado a pintar aproximadamente 13 mil obras. Na casa onde morava, foi aberto o Museu Teruz, na residência-ateliê da Muda da Tijuca, no Rio de Janeiro.

O estilo

O estilo de Teruz pouco modificou-se manteve-se imutável em sua técnica e em sua temática, decerto porque esse artista, bem cedo, de posse de seus recursos expressivos e de um mundo de idéias,o próprio, preferiu explorá-los quase que até à exaustão e à monotonia. Pintou várias cenas do Brasil como favelas, cavalos, passistas de frevo, cirandas, negras de duros seios e meninas na gangorra. O pintor domina como poucos técnica da pictórica. Teruz tem uma técnica semelhante a de Van Eyck ou Antonello, artistas cuja técnica e ideal pictórico são interligados, uma complementando o outro.

Teruz se utilizava da boa e velha técnica que se aprendia nas academias, indispensável cozinha que é preciso primeiro saber para depois de esquecer e começar a fazer.A partir da década de 1960, à força de tanta repetição, certos tons brilhosos torna-se cansativa nas telas de Teruz, onde a composição parece fácil e o desenho sem arrojo, um tanto frouxo. Com freqüência ele mescla algo da metafísica ou até mesmo onírica - cavalos de sonho, de crinas arrepiadas ao vento como os de Füssli -, e a discreta atmosfera erótica, como em jovens corpos femininos de redondos contornos e coxas à mostra ou colo desnudo. Ou seja, uma atmosfera muito brasileira. O pintor faleceu e no Rio de Janeiro, em 1984. Os dois filhos do artista, Rogério e Alexandre, herdaram a profissão do pai, são pintores.

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito boa esta matéria sobre Teruz. Sem rodeios, direta e diz tudo sobre ele.
Parabéns

Anônimo disse...

vocês quiseram dizer que: Teruz é melhor do que muitos pintores brasileiros mas não caiu nas graças dos galerista.

Messias Carvalho