Páginas

terça-feira, 12 de maio de 2009

Caderno de Saramago

Logo depois de o recente livro “a Viagem do Elefante”, José Saramago volta à máquina de escrever e lança mais um livro. Ou seja, este Saramago não pára, escreve à velocidade que outros necessitam para ler.
Desde 23 de Abril, Dia Mundial do Livro "Caderno" encontra-se nas livrarias portuguesas.



Em maio o livro chega à Espanha nas edições em catalão e castelhano, paulatinamente nos países americanos que se expressam em português e espanhol, e, para depois do Verão, primeiro em Itália, a seguir na Inglaterra e nos Estados Unidos e em outros países.

Este livro não é romance, nem obra de teatro, nem poesia, género que o próprio Saramago diz já não cultivar, embora os que o lêem tenham dúvidas, porque poesia, e muita, vemos nas páginas que vamos incorporando à nossa experiência, seja qual for o título que tenhamos nas mãos. Inclusive neste livro, aparentemente jornalístico, livro de crónicas tantas vezes ditadas pelo que se passa no mundo, se encontra poesia, momentos de extraordinária beleza que quase nos sufocam ou nos fazem levantar a vista e respirar.

Caderno de Saramago não é um livro de crónicas jornalísticas, é um livro de vida. Aí Saramago conta cada dia o que o motiva, o que o indigna ou o que lhe apetece. Comenta o minuto, mas também recupera uma declaração de amor a Lisboa. Fala dos seus autores preferidos, com humor define as calças sempre impecavelmente vincadas de Carlos Fuentes, mas também o universo turbulento dos turcos de Jorge Amado descobrindo a América. Fala de Obama, sim, mas também de Bush, e do Papa, e de Garzón, e de Pessoa, e de Sigifredo López e Rosa Parks, e lutadores pacíficos que conseguiram mudar o mundo ou o estão tentando.

Mais em: http://blog.josesaramago.org/

Um comentário:

Anônimo disse...

Mestre Saramago, quanta cutura nessa cachola. Abraços mil.

Duilio