Páginas

sexta-feira, 6 de março de 2009

Kraftwerk, papo direto com F&M

Vovôs da música eletrônica veem ao Brasil mais uma vez. Estamos falando de Ralf Hütter e o seu maravilhoso Kraftwerk que já esteve aqui em outras datas.

O grupo alemão inicialmente formado por Ralf Hütter e Florian Schneider que mudaram os conceitos até então utilizados na música eletrônica, viram música em obras de ficções de George Orwell e de pintores de vanguarda como Mondrian. Juntando-se tudo isso, uma música de qualidade que influenciou várias gerações. O disco Autobahn [1974], é o marco da carreira do grupo, e motivados pela colchas de retalhos eletrônicos, muita gente importante foi influenciada por exemplo Brian Eno, David Bowie, Afrika Bambaata e o produtor Giorgio Moroder entre outros. Todo o conceito musical do grupo foi desenvolvido por Hütter nos estúdios Kling Klang, em Dusseldorf.
O grupo que se utiliza de parafernália eletrônica para reproduzir sons das ruas e do meio-ambiente, já esteve por outras duas vezes no Brasil, 1998 e 2004. Não são chegados à entrvistas. É muito mais fácil se arrancar algumas palavras dos músicos por e-mail do que pessoalmente. De suas passagens pelo Brasil eles guardam poucas recordações, especialmente Hütter se lembra muito do sol carioca. O Kraftwerk se apresentará na Praça do Jockey, dia 22 de março, no Rio de Janeiro. Acompanhem um bate papo digital realizado no inicio de fevereiro pelo correspondente espanhol David Sanchez.

F&M - O grupo é conceitual e foi criado por você e por Florian. Com a saída dele a quem pertence o conceito !
Hütter:
- A visão de cada artista é única. Por vários anos trabalhamos juntos dando a visão artística e técnica; porém, ele não está mais no grupo.
F&M - O grupo aumentou o número de turnês, pois nos anos 1970 pouco excursionavam. O que houve !
Hütter
- Simples. A parafernália tecnológica que usávamos nem sempre funcionava ao vivo. Era muito complexa e tínhamos de usar tapes, por isso decidimos dar um tempo. Agora, com a tecnologia digital podemos criar novas imagens, compor e desenvolver nosso trabalho.
F&M - A imagem faz parte do conceito do grupo, música e vídeos são integrados e remetem aos pintores de vanguarda ou livros de ficção cientifica, por que !
Hütter
- Gostamos de arte, e essa é uma referência forte do Kraftwerk. Você tem razão, utilizamos o conceito de arte Minimum e Máximum. A pintura para nós são como notas musicais. Nós tentamos trabalhar a tecnologia de forma construtiva, como se fosse medicina social. É assim que vejo o funcionamento social dos computadores.
F&M – O grupo tocará pela terceira vez no Brasil. O que você mais se lembra das apresentações anteriores !
Hütter
- O sol escaldante do Rio de Janeiro que contrasta com o tempo frio e cinza que faz na Alemanha. Tocávamos de paletó debaixo daquele sol pensei que fosse derreter.
F&M - o que você acha do Radiohead !
Hütter
- É um bom grupo e estamos ansiosos para dividir novamente o palco com os caras. Vamos tocar na mesma noite que eles no Brasil, dia 22 de março. Já estivemos juntos no palco há alguns anos nos Estados Unidos, na Costa Oeste. Mais EDITORIAS:

Nenhum comentário: