O alemão Rolf Graser ,60, está adquirindo barracos para construir um hotel de luxo em uma das regiões mais violentas do Rio de Janeiro, o Morro do Vidigal. Graser já comprou 60 barracos na comunidade com direito a vista privilegiada para a Baía da Guanabara. É nisso que o bem sucedido ex-banqueiro alemão aposta para atrair clientes os principalmente, principalmente europeus. Por enquanto, os barracos custaram até R$ 30 mil, mas a especulação imobiliária já preocupa o empresário.
O projeto ficou a cargo de um dos mais conhecidos arquitetos do Rio de Janeiro, Hélio Pellegrino e já está pronto.Trata-se de um complexo hoteleiro de grande porte para clientes classe 'A'. "A idéia é tirar aquele pastel e suco sem qualidade e oferecer os produtos com qualidade, além de gerar trabalho para a comunidade", diz Pellegino.
Moradores ouvidos sobre a proposta do alemão Rolf Graser apóiam a proposta. "Eu acredito que vai ser bom para nós do Morro do Vidigal pois fomos esquecidos por todas as instituições públicas", disse uma moradora. [Na foto, a vista que o turista terá]
Um comentário:
A Prefeitura na contramão no Vidigal.
Pena que a Prefeitura do Rio parece não ter uma visão, ou vontade, administrativa capaz de evoluir para além da programação já prevista dentro do Choque de Ordem.
No Vidigal, onde nem tem planos para APA de ordem, surgiu esse alemão que comprou a maioria dos prédios na entrada de acesso ao morro, além de vários barracos lá em cima. O projeto era, entre outros, remodelar e organizar a entrada da subida ao morro. Só que todas as suas obras foram interditadas pela Prefeitura. Esta, logo que soube da novidade, apareceu por lá, coisa rara, e interditou tudo. Nem sei se algumas das interdições tinha alguma lógica, ou se era um tipo de “pedágio legal”
O que sei é que passaram-se MESES, e nada se resolveu. E que agora o alemão desistiu dos projetos que tinha e está vendendo tudo o que comprou. Vale lembrar que uma melhoria no caos que é a entrada do Vidigal refletiria de forma positiva no transito da Av. Niemeyer. E que, a administração de uma cidade que tenha interesse, verdadeiro, em melhorias, dá incentivos fiscais a pessoas interessadas em investir em lugares desfavorecidos e abandonados. Mas aqui, infelizmente, percebe-se facilmente que, quem deveria ajudar, parece mais interessado em complicar...
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