"A POPULAÇÃO DESCONFIAVA DE QUE AS LUZES PODERIAM CAUSAR MAL À VISTA. COM MEDO DE INCÊNDIOS, E PARA VEREM AS ESTRELAS, ENCAMINHAVAM MILHARES DE CARTAS À LIGHT SOLICITANDO O DESLIGAMENTO DOS POSTES À NOITE".
O ano de 2004 foi todo dedicado às comemorações dos 450 anos da cidade de São Paulo. Pipocavam comemorações em todas regiões. O tempo não pára. E já estamos comemorando o 453º aniversário da capital paulista e, nada melhor que um pequeno passeio por seu passado. A célula-mãe da grande metrópole teve início no Pátio do Colégio em 1554, onde os jesuítas ergueram as paredes de pau-a-pique da primeira igreja e colégio de São Paulo de Piratininga, que fora construída no final do século XVII, e demolida em 1897 após o desabamento de seu telhado. Renasceu tal como era para preservar a imagem do berço da cidade que, de um simples vilarejo, tornaria-se a 4ª maior cidade do mundo. Porém, não é essa colossal metrópole que inspira saudosos moradores de décadas passadas que cantam-na em prosas e versos. Suas lembranças são valiosas fontes de freqüentes escritos sobre à cidade que até os anos 1800 era ainda um pouco a cidade dos jesuítas e da vila dos bandeirantes.
O ano de 2004 foi todo dedicado às comemorações dos 450 anos da cidade de São Paulo. Pipocavam comemorações em todas regiões. O tempo não pára. E já estamos comemorando o 453º aniversário da capital paulista e, nada melhor que um pequeno passeio por seu passado. A célula-mãe da grande metrópole teve início no Pátio do Colégio em 1554, onde os jesuítas ergueram as paredes de pau-a-pique da primeira igreja e colégio de São Paulo de Piratininga, que fora construída no final do século XVII, e demolida em 1897 após o desabamento de seu telhado. Renasceu tal como era para preservar a imagem do berço da cidade que, de um simples vilarejo, tornaria-se a 4ª maior cidade do mundo. Porém, não é essa colossal metrópole que inspira saudosos moradores de décadas passadas que cantam-na em prosas e versos. Suas lembranças são valiosas fontes de freqüentes escritos sobre à cidade que até os anos 1800 era ainda um pouco a cidade dos jesuítas e da vila dos bandeirantes.
Em 1880, com dois quilômetros quadrados de espaço urbanizados, atinge o porte de uma cidade média: 40 mil habitantes. Vinte anos depois, no limiar do século XX, 240 mil pessoas vivem na quase metrópole, onde já começa-se registrar os primeiros acidentes de trânsito. As formas de casar e constituir família, também de descasar, os padrões de escolha do cônjuge, a corte amorosa, os agenciadores, o dote, o processo nupcial, criação dos filhos, as dificuldades de convívio, as práticas sexuais, a violência doméstica, tudo passariam por profundas mudanças.A TRANSFORMAÇÃONo início de 1900, a cidade mantinha ruas estreitas, e a maioria iluminadas a gás e cortada por pequenos bondes a burro. São Paulo foi assim até 7 de maio de 1900, quando o primeiro bonde elétrico partiu do largo de São Bento até a Barão de Limeira e causou espanto na multidão que foi vê-lo passar. Depois desse dia, a cidade nunca mais foi a mesma: os bondes aumentaram o seu tamanho, a energia elétrica iluminou o resto das ruas, agilizou a indústria e criou novos hábitos na população. Toda essa transformação na fisionomia de São Paulo, que foi se dando ao longo destes anos contenta muitos, e desagrada outros. A luz elétrica trouxe consigo a desnaturalização do tempo, eliminando a diferença entre o dia e a noite. Muitos confundiam -se. São Paulo era uma cidade que se recolhia cedo para escapar do escuro. Mas a partir de 1900.[fotos de Maurício Cardim]. CONTINUAÇÃO EDITORIAS: são paulo
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