Arquivos de Ernest Hemingway

Tratado entre autoridades de Cuba e os Estados Unidos anunciaram que abrirão parte do acervo do autor quando viveu país.

FINCA VIGÍA - CUBA , 10.1.09 - Os arquivos do escritor norte-americano serão abertos com a garantia de que fiquem em Finca Vigía, em Cuba. A conciliação entre os EUA e Cuba poderá ser concretizada com a posse de Barack Obama, dia 20 de janeiro. É uma tentativa de mostrar que o acordo pode render bons frutos, não só culturais. As negociações foram feitas pela Social Science Research Council, de Nova Iorque e as autoridades cubanas que anunciaram a abertura dos arquivos do escritor Ernest Hemingway. Os papéis foram doados pela família do escritor e o governo cubano não está dispostos a deixá-los sair da ilha. Porém, uma cópia digitalizada de todo o acervo serão encaminhados para a Biblioteca John F. Kennedy, em Boston, EUA., e os originais continuam em Finca Vigía.

São mais de 3.000 documentos registrando o período em que ele morou na ilha de Fidel Castro, de 1939 a 1960. Entre os arquivos papéis como o epílogo inédito de "Por quem os Sinos Dobram", 1940; mensagens em código compilado enviados a partir do seu barco de pesca; roteiro do livro "O Velho e o Mar" para cinema; bloco de notas; contatos entre Hemingway e seus editores e colegas e até recortes de jornais que anunciavam sua morte equivocadamente.
Ernest Hemingway passou a residir em na ilha ao término da Guerra Civil espanhola, para onde ele havia se mudado dois anos antes para trabalhar como jornalista. Com a vitória de Francisco Franco, teve de abandonar o país. O escritor ganhou o Premio Nobel de Literatura, em 1954, quando morava em Vigía.

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