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sábado, 27 de dezembro de 2008

Mais de 700 mil visitantes para Pablo Picasso

Quem passa pelas imediações do Grand Palais, centro de Paris, pode pensar que as enormes filas são para assistir um show de Madonna ou do U2. Não é não. Se trata da megaexposição 'Picasso e os Mestres' cujo os ingressos já estão esgotados até fevereiro de 2009.

É uma verdadeira história da arte contada por Pablo Picasso, que leva a uma estrondosa visitação e faz dela a mostra de artes plásticas mais concorrida em toda história. ' “Picasso e os Mestres “ acontece nos três principais museus de Paris: Orsay, Louvre e Picasso. O assédio à visitação chegou ao ponto de provocar Reunião dos Museus Nacionais a buscarem alternativas para comportar o fluxo de visitação à megaexposição. O RMN decidiram que as portas ficarão abertas por 83 horas consecutivas, às vésperas do final da exposição a partir das 9h00 do dia 30 de janeiro 2009. Os números só não são maiores em nome do conforto dos visitantes e da segurança das próprias obras. Todo o sucesso está centrado em algumas conjunções: primeiro por serem obras inéditas e depois situar do ponto de vista histórico as origens das rupturas estéticas, inovações formais, iniciadas por Pablo Picasso. Em suas inspirações, Picasso tira cor e põe cor, fragmenta a tela até chegar ao objetivo desejado. Por exemplo, uma sala dedicada aos 40 estudos feitos pelo espanhol da série de telas de Delacroix, ‘As Mulheres da Argélia’[obra em destaque.

Como o nome sugere "Picasso e os Mestres" reúne as principais obras do mestre do cubismo, Picasso, e obras dos artistas que lhe inspiravam como Van Gogh, El Grecco, Goya, Renoir, Gauguin, Rembrandt, Cézanne, Manet, Delacroix, Coubert e Lautrec, exerceram sobre o artista espanhol. O telespectador pode ver que em cada fase de Picasso sua principal fonte de alimentação era a pintura. Porém, tamanho fascínio não faz chamar-lhe de mero copiador dos seus influenciadores. Picasso fazia estudos, reinterpretava-os, cultuava, as vezes chegava a ironizar e a subverter. Ele nutria muito mais do que uma simples admiração pelos gênios dos pincéis que o antecederam ou seus contemporâneos, Picasso os utilizava como fonte de energia pictórica. Pode-se observar um cruzamento muito próximo quando o museu coloca lado a lado obras como Grand Nu em Pé [Picasso], Mulher Nua em Pé [Cézanne], Saint François d'Assisse, de Zurbaran e 'O Líder de Cavalo Nu', de El Grecco, Pic Nic no Bosque de Manet. Para realizar a megaexposição, várias obras foram captadas por empréstimos juntos aos colecionadores particulares e museus, e dia 2 de fevereiro de 2009 - quando se encerra a mostra -, cada um quer sua 'Monalisa' de volta. A exposição tem curadoria de Anne Baldarassi, diretora do Museu Nacional Picasso. [AFM]

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