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segunda-feira, 20 de outubro de 2008

"Última Parada 174"



O seqüestro ocorrido na linha 174 foi o primeiro BBB do País. O Brasil acompanhou o trágico desfecho protagonizado pela polícia militar carioca. O filme traz o novato Michel Gomes convincente na pele de Sandro. O filme estréia dia 24 de outubro.


O Brasil praticamente parou para assistir os últimos dias de vida de Sandro Nascimento, 22, um sobrevivente do 'massacre da Candelária', Rio de Janeiro. No dia 12 de junho de 200 Sandro seqüestrou um ônibus no Jardim Botânico e ameaçou os passageiros de morte. Ele não matou ninguém, mas foi morto por asfixia por policiais dentro do camburão. A polícia militar carioca comentou um outro grave erro, ao atirar em Sandro Nascimento a queima roupa, 1,36m de distância, acertou e matou a professora Geisa refém . A história já rendeu documentário premiado por José Padilha, e a história agora retorna à telona pela ótica do cineasta Bruno Barreto. Barreto foi um pouco mais além daquele dia de cão. Se aprofundou na investigação e quis saber como a vida de Sandro Nascimento desembarcou naquele coletivo, em junho de 2000, em plena área urbana carioca que teve transmissão via televisão.

Na vida real

Sandro Nascimento não conheceu os pais. Entretanto, uma mulher que teve um filho chamado Alessadro, e todo dia quando saia para trabalhar deixava o menino com uma vizinha. Certo dia ao voltar ela não mais encontrou a criança e a vizinha, sumiram. Ela viveu sempre em busca desse filho mas não o encontrou. Quando soube do 'massacre da Candelária', onde morreram 19 menores de rua - sendo Sandro Nascimento o único sobrevivente, então, ela o assumiu como seu filho. Sandro passou a cometer pequenos delitos até que foi preso. Naquele fim de tarde, todo mundo perdeu; o povo, o seqüestrador e a vítima. Só a polícia ganhou. Mataram dois e ficaram impunes. Somente essa mãe postiça de Sandro Nascimento compareceu ao enterro.

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