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segunda-feira, 30 de junho de 2008

Museu A Mão do Povo

A Secretaria Municipal de Cultura prepara museu voltado para o folclore brasileiro, arte indígena e contemporânea.

O nome é provisório ‘Museu A Mão do Povo’, mas o local de sua instalação é definitiva e ocupará o antigo prédio da Prodam {Processamento de Dados do Município}, com 11 mil metros quadrados, no Pavilhão Armando de Arruda Pereira, Parque do Ibirapuera. O projeto do conteúdo da instituição museológica foi feita pela curadora independente Adélia Prado, ex-diretora do Museu da Casa Brasileira, que entregou relatório final em abril de 2008 ao secretário municipal Augusto Carlos Calil. Até o final de julho já haverá uma definição de como se dará a ocupação do edifício. O ponto de partida para a concepção do acervo do museu são as 3.800 peças do Museu do Folclore Rossini Tavares Lima, propriedade da prefeitura, além de quase 2 mil fotografias; instrumentos musicais e sonoros. O professor e colecionador Rossini Tavares de Lima, começou sua coleção em 1947, cuja intenção seria o acervo constar dentro do Centro de Pesquisas Folclóricas do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. O Museu A Mão do Povo, acolherá também, a coleção da Missão de Pesquisas Folclóricas, feita em 1938 por Mário de Andrade, cujo material encontra-se no Centro Cultural São Paulo.

Um museu destinado à arte popular sempre foi um sonho do mecenas Ciccilio Matarazzo. Em 1954, como parte das comemorações do Quarto Centenário da Cidade de São Paulo, através de Ciccilio a idéia de se criar o museu com arte popular teve mais ênfase, haja vista seu empenho na coleta de obras para Exposição Internacional de Artes e Técnicas Populares. Até o final dos anos 70, peças foram compradas para a coleção. De lá para cá o Museu do Folclore foi acomodado na Casa do Sertanista e tais acomodações não atendia às necessidades de conservação do acervo. A prefeitura foi interpelada pelo Ministério Público que exigia providências quanto a conservação das peças. Uma catalogação apontou que 10% do acervo estava deteriorado. O restante das obras foram embaladas e enviadas para um depósito onde aguardam até o destino final, o Museu A Mão do Povo, que deverá ser inaugurado no início de 2009. [Francisco Martins]

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