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quarta-feira, 14 de maio de 2008

Auguste Rodin

O escultor francês Auguste Rodin (1840-1917) sentia fascinação pela nudez. Ele defendia a arte e o erotismo sem tabus e chegou a estar obcecado com a nudez como fonte de inspiração.

Esse fascínio está à mostra em Madri na exposição Rodin, o corpo nu, aberta nesta terça-feira na Fundação Mapfre. A mostra tem 33 esculturas em mármore, bronze e gesso, incluindo O Beijo, uma de suas obras mais famosas, e 90 ilustrações, principalmente dos últimos anos de atividade do artista. A mostra de Madrid está dividida em duas partes: esculturas e ilustrações.

Em 1900, aos completar 60 anos, Rodin começou uma nova etapa. Investiu nos desenhos com grande carga erótica. As modelos passeavam nuas pelo atelier até que ele decidisse qual era a postura certa para a pose. "São peças muito delicadas. Representam uma forma de expressão onde ele fala do erotismo de uma maneira mais explícita."

Tabus

Usando o nudismo como inspiração, Rodin pretendia acabar com tabus. Ele abordou em suas obras a homossexualidade feminina, a masturbação e desenhou São João Batista nu.

"São histórias diferentes, inevitavelmente conectadas, que contam como um grande artista transformou para sempre a representação do corpo humano", explicou Burillo. Considerado o maior escultor do século 20, segundo os organizadores da exposição, Rodin foi ainda um revolucionário porque as obras dele são as primeiras a prescindir dos padrões clássicos para esculpir, pintar ou desenhar um ser humano. Além da escultura em gesso O beijo (Le baiser - mais abaixo ), a mostra Rodin, o corpo nu exibe outras peças famosas como Mãos de Amantes (Mains d’amants) e Andrômeda (Andromède no alto ). [Francisco Martins / Adaptado de www.bbcbrasil.com.br

Exposição pode ser visitada até o começo de julho na Fundação Mapfre em Madrid - entrada gratuita.

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